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Órgãos 3D: como funciona tecnologia que pode substituir transplantes?

A impressão de órgãos 3D é uma das promessas de inovação para zerar as filas de pacientes à espera de transplante

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1 de 1 imagem colorida de impressora 3D de órgãos - Metrópoles - Foto: Wake-Forest-Institute-for-Regenerative-Medicine

A bioimpressão de órgãos consiste no uso de impressoras 3D para reproduzir, camada por camada, vários tipos de células, fatores de crescimento e tecidos que imitam de forma ideal os órgãos do corpo humano.

De acordo com Jennifer Lewis, professora do Instituto Wyss de Engenharia Biologicamente Inspirada, da Universidade de Harvard, a bioimpressão de órgãos pode se tornar realidade daqui a uma década. Esse tipo de tecnologia empregada à medicina está se desenvolvendo rapidamente para facilitar a “troca de peças” em seres humanos.

“A força por trás disso é a necessidade humana”, afirmou Lewis, em entrevista à CNN.

Como funciona

Geralmente, o processo de impressão de um órgão se inicia com a retirada de algumas células do paciente. Os médicos realizam uma biópsia em um órgão ou outro procedimento minimamente invasivo para remover uma pequena porção de tecido do paciente.

Com essa amostra, os médicos são capazes de separar as células e expandi-las fora do corpo utilizando uma incubadora ou um biorreator. Esses equipamentos imitam a temperatura interna e a oxigenação do organismo humano, por isso conseguem criar células semelhantes às do corpo humano.

Os médicos carregam as “impressoras de órgãos” com uma “biotinta”, composta de células vivas e uma substância em gel. A criação de tecidos com propriedades personalizadas é possível por meio de impressoras programadas por meio de dados de imagem de raios-x de um paciente.

O processo tem duração variada, a depender do órgão ou tecido a ser impresso e da necessidade de precisão. “O desafio final é fazer com que os órgãos realmente funcionem como deveriam”, aponta Jennifer.

Desafios

Após serem impressos, os órgãos precisam ser colocados em um biorreator para serem perfurados e receberem sangue. Caso contrário, as células fabricadas morrem. Por enquanto, essa é a etapa mais longeva já alcançada pela inovação tecnológica. O próximo passo seria a implantação no corpo humano.

Os pesquisadores acreditam que a tecnologia 3D se tornará mais acessível do que um transplante, visto que para manter um paciente com falência de rins, por exemplo, em diálise, custa mais de $ 250 mil dólares por ano. A impressora 3D de órgãos custa em média $ 100 mil dólares.

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