metropoles.com

Órgão dos EUA relata em detalhes casos de coronavírus em gatos

Estudo da One Health ajuda a entender quais são os sintomas apresentados pelos felinos, como contraíram a Covid-19 e os cuidados necessários

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Mario Tama/Getty Images
Gatos em ambiente fechado
1 de 1 Gatos em ambiente fechado - Foto: Mario Tama/Getty Images

Os dois primeiros gatos domésticos confirmados com o novo coronavírus nos Estados Unidos serviram de base para um estudo da One Health, a fim de identificar o comportamento do Sars-CoV-2 em animais. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) divulgou em detalhes o que se sabe sobre contágio, transmissão e cuidados após os felinos testarem positivo.

O CDC e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) relataram casos de dois gatos domésticos com infecção confirmada por Sars-CoV-2 em abril. Eles tiveram origem em casas separadas e foram epidemiologicamente vinculados a casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 nos próprios donos. Os gatos apresentaram doença respiratória com duração de oito a 10 dias e se recuperaram completamente. Veja detalhes do estudo:

O que já se sabe sobre os animais em relação a Covid-19?

Um pequeno número de animais em todo o mundo, incluindo cães, gatos, tigres e leões de zoológicos, foram infectados com Sars-CoV-2, sobretudo por suspeita de transmissão homem-animal.

Sintomas nos gatos norte-americanos confirmados com Covid-19

O primeiro caso foi registrado em 24 de março, no condado de Nassau. Um macho de quatro anos desenvolveu doença respiratória caracterizada por espirros, secreção ocular clara e letargia leve. Em 1º de abril, o pet foi levado ao veterinário. Ele estava acima do peso e com uma temperatura corporal normal (38,6°C). Após testar negativo para afecções já registradas em felinos, a amostra foi testada usando um exame de diagnóstico de PCR para transcrição reversa Sars-CoV-2. No dia 14 de abril, houve a confirmação da contaminação pelo novo coronavírus.

O segundo felino registrado com Covid-19 é uma fêmea, de 5 anos. Em 1º de abril, ela também deu entrada no veterinário com espirros, secreção ocular clara e letargia leve, além de tosse e perda de apetite. O painel de PCR respiratório felino teve um resultado positivo para Mycoplasma felis e resultados negativos para outros patógenos respiratórios comuns. Assim como no primeiro caso, houve a testagem para Sars-CoV-2 e, em 14 de abril, veio a confirmação da infecção pelo novo coronavírus.

Condição de vida dos gatos e possível locais de contaminação

A partir da confirmação dos casos, foi feita uma investigação epidemiológica conjunta entre órgãos estaduais. O objetivo era saber a condição de vida dos gatos, condição de saúde, possíveis fontes de infecção e os riscos apresentados por esses animais para outros animais dentro e fora de casa e para os seres humanos.

O primeiro gato morava em um apartamento com cinco pessoas. Três delas haviam mostrado sinais de doença respiratória leve, incluindo febre, tosse e sudorese, mas ninguém foi testado para o novo coronavírus. O primeiro membro da família começou a sentir os sintomas em 15 de março, nove dias antes de o gato ficar doente. O condomínio onde fica o apartamento registrou casos de Covid-19 em humanos na mesma época. Um outro gato que vivia na casa, porém, permaneceu saudável e não foi testado para Sars-CoV-2. Ambos os gatos eram mantidos em ambientes fechados, mas, ocasionalmente, se aventuravam do lado de fora.

Já a fêmea do segundo caso vive em domicílio com apenas uma pessoa. A dona desenvolveu febre, tosse produtiva, calafrios, dores musculares, dor abdominal, dor de cabeça, diarreia, dor de garganta e fadiga em 24 de março, oito dias antes de o gato ficar doente. A mulher testou positivo para Sars-CoV-2. Já um segundo gato da casa, de 7 anos, permaneceu saudável e não foi testado. Ambos vivem em ambiente fechado.

Anticorpos e curados

Os estudos com ambos os gatos avançaram e eles se recuperaram da doença após 11 e seis dias, respectivamente, antes do início da investigação epidemiológica. Os dois apresentaram anticorpos neutralizadores de vírus específicos para Sars-CoV-2, mas o isolamento do vírus na cultura de células da coleta subsequente de amostras não teve êxito, provavelmente devido à eliminação do micro-organismo.

Quais são as implicações para a prática de saúde pública?

A transmissão de Sars-CoV-2 pode ocorrer, de forma ocasional, de humano para animal. Sabe-se que os animais representam um número baixo na disseminação da Covid-19, mas as pessoas com a doença devem evitar o contato com eles. Assim como a recomendação para humanos, os pets com resultado positivo devem ser monitorados e separados de pessoas e outros animais até que se recuperem.

12 imagens
1 de 12

Moises Dias/Metrópoles
2 de 12

Moises Dias/Metrópoles
3 de 12

Moises Dias/Metrópoles
4 de 12

Moises Dias/Metrópoles
5 de 12

Moises Dias/Metrópoles
6 de 12

Moises Dias/Metrópoles
7 de 12

Moises Dias/Metrópoles
8 de 12

Moises Dias/Metrópoles
9 de 12

Moises Dias/Metrópoles
10 de 12

Moises Dias/Metrópoles
11 de 12

Moises Dias/Metrópoles
12 de 12

Moises Dias/Metrópoles

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?