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Opas: profissionais de saúde da América Latina têm risco de depressão

Levantamento com 14,5 mil pessoas mostra que mais de 14,7% dos profissionais já teve sintomas de depressão e até 15% teve pensamento suicida

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Profissional de saúde opera em área do Hospital Geral de Goiânia (HGG), que parou de funcionar como UTI Covid, em Goiás
1 de 1 Profissional de saúde opera em área do Hospital Geral de Goiânia (HGG), que parou de funcionar como UTI Covid, em Goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Uma pesquisa publicada nesta quinta (13/1) pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) mostra que profissionais de saúde da América Latina têm altos índices de depressão e pensamentos suicidas.

O relatório, que colheu informações em 2020, mostra que entre 14,7% e 22% das equipes que trabalham em hospitais já tiveram sintomas suspeitos de depressão, e entre 5% e 15% tiveram pensamentos suicidas. Participaram do levantamento 14.502 pessoas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Guatemala, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela.

“A pandemia aumentou o estresse, a ansiedade e a depressão entre os profissionais de saúde e revelou que os países não desenvolveram políticas específicas para proteger sua saúde mental”, explica Rubén Alvarado, pesquisador da Universidade do Chile responsável pela pesquisa, em nota enviada à imprensa.

O diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da Opas, Anselm Hennis, lembra que em países onde o sistema de saúde entrou em colapso, os profissionais sofreram com “jornadas extenuantes e dilemas éticos” que impactaram a saúde mental. A preocupação com os familiares, a falta de apoio emocional e financeiro e conflitos com parentes de pessoas infectadas contribuíram para o problema, aponta a entidade.

“A pandemia não acabou. É fundamental cuidar de quem cuida de nós”, diz Hennis.

A confiança nas instituições, o apoio dos colegas e a religião foram alguns motivos que ajudaram a lidar com a carga emocional da pandemia. A Opas recomenda que os governos melhorem os salários e contratos das equipes, modificando o ambiente de trabalho e criando espaço para que os profissionais possam desabafar sobre os seus problemas.

“Após dois anos de pandemia, muitos trabalhadores ainda não recebem o apoio de que precisam e isso pode levá-los a desenvolver diferentes transtornos mentais nos próximos anos, algo para o qual temos que estar preparados”, alertou Ezra Susser, pesquisador da Universidade Columbia, que também participou do estudo.

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