Opas: “Fim da pandemia na América Latina segue como futuro distante”
Diretora da entidade internacional de promoção à saúde alertou para a lentidão das campanhas de vacinação na região
atualizado
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A diretora-geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, revelou que, apesar do ritmo acelerado de vacinação contra a Covid-19 em países como os Estados Unidos, o México e o Canadá, apenas 1 em cada 10 pessoas foram imunizadas na região das Américas e Caribe. Etienne classificou a situação como “inaceitável”.
Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (30/6), ela destacou que a lentidão das campanhas de vacinação na América Latina atrasa o retorno à normalidade nestes países. “Fim da pandemia na América Latina continua como futuro distante”, afirmou.
Duas realidades
Com a chegada do verão no hemisfério Norte, a entidade de promoção à saúde voltou a demonstrar preocupação com as férias escolares e as possíveis viagens no período. “Agora não é o momento ideal para viajar”, disse a diretora da Opas. Etienne reforçou que, embora a vacina proteja contra formas graves da doença, não impede os vacinados de ficarem doentes e de transmitirem o coronavírus.
A Opas reforçou ainda que a temporada de furacões no Caribe está chegando, ao mesmo tempo que os surtos da doença estão aumentando na região. Ela pediu que os países preparem os hospitais e os abrigos para reduzir as chances de transmissão da Covid-19.
No hemisfério Sul, no entanto, a chegada do inverno traz desafios distintos para os países. “Durante o inverno e a temporada de gripe do ano passado, a obrigatoriedade de máscaras estava em alta e as medidas para ficar em casa foram seguidas em muitos países do Hemisfério Sul, o que contribuiu para interromper a transmissão de gripes sazonais”, afirmou.
A diretora lembra que a temporada de gripe deste ano chega em um momento em que as infecções por Covid-19 estão muito altas e as medidas de saúde pública, menos rígidas. “Agora, mais do que nunca, os países da região devem reforçar seus sistemas de vigilância para monitorar a disseminação de vírus respiratórios, também devem alavancar os programas de vacinação”, orientou.