Opas alerta para alta de casos e de hospitalizações na América Latina
A entidade afirma que maior mobilidade e relaxamento prematuro em medidas de distanciamento ampliam ameaça da Covid-19
atualizado
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A diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, afirmou em coletiva, nesta quarta-feira (2/6), que o aumento na mobilidade nas Américas é uma ameaça para a região, diante de um quadro ainda descontrolado da pandemia da Covid-19.
“Dados de mobilidade da nossa região mostram que há mais movimento dentro dos e entre os países agora do que em qualquer outro momento durante a pandemia”, afirmou Etienne. “Quando se combina esta mobilidade com o relaxamento prematuro de medidas de saúde pública, o que temos é o ambiente perfeito para este vírus – e suas variantes – se disseminarem”, complementou Carissa Etienne.
A diretora da Opas também destacou o aumento dos casos da Covid-19 e das hospitalizações pelo vírus no Brasil. Ela ressaltou o quadro em alguns estados da região nordeste, sem especificar. “Esta tendência é especialmente aguda em alguns estados do nordeste, os quais têm mais de 90% de capacidade” das UTIs ocupadas, disse.
Carissa Etienne também afirmou que Uruguai, Argentina e Chile “estão em alerta”, por registrarem uma alta no número de casos do vírus. Por outro lado, Estados Unidos, México e Canadá têm exibido quedas nos números de casos nos últimos dias, disse ela. A autoridade informou que, na última semana, houve 1,1 milhão de casos e mais de 25 mil mortes pela doença nas Américas.
A diretora da Opas ressaltou o fato de que a região ainda está distante da meta de ampliar fortemente a vacinação. O diretor assistente Jarbas Barbosa disse que não é possível saber quando a pandemia será controlada na América Latina, mas ressaltou a importância de que se reforce a vacinação.
Barbosa disse que são sabidas as dificuldades para se adotar medidas de controle do vírus da região diante da precária situação econômica de parte da população, mas enfatizou a importância das medidas de prevenção. Segundo ele, ainda não é possível prever por quanto tempo a América Latina precisará dessas medidas de controle para evitar uma piora do quadro na pandemia.