metropoles.com

ONU alerta para alto índice de gravidez na adolescência no Brasil

A taxa nacional, de 62 adolescentes grávidas para cada grupo de mil na faixa etária entre 15 e 19 anos, é maior que a média mundial

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
grávida gravidez
1 de 1 grávida gravidez - Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo

A Organização das Nações Unidas divulgou hoje (10/4) relatório a respeito dos direitos relativos à saúde sexual e reprodutiva das populações. Em relação ao Brasil, um dos principais alertas feitos pela organização mundial diz respeito a elevada incidência de gravidez na adolescência.

No Brasil, a taxa é de 62 adolescentes grávidas para cada grupo de mil jovens do sexo feminino na faixa etária entre 15 e 19 anos. O índice é maior que a taxa mundial, que corresponde a 44 adolescentes grávidas para cada grupo de mil.

“Elas precisam ter mais acesso à informação e aos métodos contraceptivos. Também precisam estar mais empoderadas para exigir que os parceiros encarem as responsabilidades relativas à vida sexual”, afirma Anna Cunha, oficial para Saúde Reprodutiva e Direitos do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil.

A ONU defende que as informações sobre a vida sexual, as doenças sexualmente transmissíveis e os métodos contraceptivos sejam repassadas para os adolescentes – tanto os do sexo masculino como do  feminino – nas escolas e nos serviços de saúde pública. “Os rapazes também precisam encarar a contracepção como de responsabilidade deles para que tomem as medidas necessárias para evitar a paternidade antes da hora “, pontua Anna Cunha.

O relatório divulgado hoje comemora os 25 anos da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada em 1994, no Cairo. Naquele momento, o enfoque para as questões sobre população deixou de ser o controle populacional feito pelos Estados e passou a ser o dos direitos relativos à liberdade individual. “A agenda passou a ser a  dos direitos reprodutivos, adotando a perspectiva dos sujeitos de direitos e não das políticas de controle exercidas pelos Estados”, explica Anna Cunha.

Avanços 
Em 1969, a população mundial era de 3,6 bilhões. As taxas de fecundidade em todo o mundo eram quase o dobro das que são hoje. No Brasil, a população saltou de 92,9 milhões, naquele ano, para 212,4 milhões em 2019. A taxa de fecundidade, que era de 5,2 filhos para cada mulher, caiu para 1,7. “De lá para cá, registramos avanços concretos em relação à possibilidade de as mulheres escolherem se desejam ou não ter filhos, mas percebemos que, ainda hoje, o poder de decisão em relação aos direitos reprodutivos é afetado pelas desigualdades econômicas e sociais do país”, analisa a representante da ONU para o assunto.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?