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Ondas de calor aumentam risco de nascimentos prematuros, mostra estudo

Estudo americano mostra como as mudanças climáticas interferem na saúde das gestantes e dos bebês durante as ondas de calor extremo

atualizado

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Foto colorida de mulher grávida sentada em frente a um ventilador - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mulher grávida sentada em frente a um ventilador - Metrópoles - Foto: Getty Images

Um estudo feito durante duas décadas mostra evidências de que as mudanças climáticas estão impactando o nascimento de bebês. Pesquisadores da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos, descobriram que a incidência de partos prematuros é ligeiramente mais alta durante as ondas de calor extremo mais longas.

Este é o maior estudo já feito sobre calor extremo e nascimentos prematuros. Os cientistas analisaram dados de 53 milhões de partos realizados em 25 anos – entre 1993 e 2017 – nas 50 áreas metropolitanas mais populosas dos EUA.

Os resultados foram publicados na revista Jama Network Open na sexta-feira (24/5). “Eventos extremos de calor têm implicações para a saúde perinatal”, afirmam os autores do artigo científico.

Assim como os idosos, as gestantes, os recém-nascidos e os bebês são mais sensíveis aos efeitos do calor extremo. Eles têm maior dificuldade de se resfriar, ou seja, perder o calor absorvido, em comparação ao restante da população.

Foto colorida de mulher grávida sentada em uma cama e olhando a vista de uma janela. Ela segura uma xícara de chá - Metrópoles
Partos prematuros são mais comuns durante ondas de calor

Partos prematuros em ondas de calor

Ao analisar os dados, os pesquisadores descobriram que as taxas diárias de nascimento prematuro extremo (realizados entre 28 e 37 semanas de gestação) e nascimento prematuro (37 a 39 semanas) aumentaram à medida que as temperaturas locais subiram e se prolongavam por quatro a sete dias.

A recorrência foi mais evidente entre as mulheres com renda mais baixa. O grupo de pesquisa da epidemiologista Lyndsey Darrow também descobriu que as gestações em áreas mais frias e secas são tão afetadas quanto as que ocorrem em localidades quentes e úmidas.

Os pesquisadores reconhecem que, em um estudo observacional como esse, não se pode estabelecer uma relação direta entre o calor e o aumento de partos prematuros, mas é possível fazer associações.

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