OMS volta a debater se varíola dos macacos merece alerta máximo
Na abertura da reunião, diretor-geral reconheceu dificuldades para resolver se doença configura uma emergência internacional de saúde
atualizado
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou, nesta quinta-feira (21/7), nova reunião do seu comitê de especialistas que analisa a situação da varíola dos macacos no mundo. O objetivo do encontro é avaliar se o crescimento de casos da infecção configura uma emergência de saúde pública mundial, nível mais alto de alerta para uma doença e patamar no qual está classificada a Covid-19.
De acordo com a OMS, no atual surto, já foram registrados 14 mil casos de varíola dos macacos em 71 países. No discurso de abertura do encontro, o diretor-geral Tedros Adhanom destacou que boa parte dos casos está sendo registrada em homens que fazem sexo com homens, mas mostrou preocupação sobre os estigmas que podem recair sobre o grupo caso a doença seja declarada uma emergência de saúde mundial.
Por outro lado, o diretor-geral acredita que essa particularidade pode ser utilizada para implementar intervenções de saúde específicas.
Outro fator apontado pelo diretor-geral durante seu discurso foi a falta de informação sobre a incidência da doença em algumas partes da África, o que impossibilita uma determinação sobre o quadro da doença no mundo. “Essa dificuldade da situação epidemiológica na região representa um desafio substancial para determinar intervenções que controlem essa doença historicamente negligenciada”, apontou Tedros.
A definição sobre o assunto que sairá do encontro desta quinta-feira será divulgada pela OMS nos próximos dias.
Distrito Federal
De acordo com os dados mais recentes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), a capital federal tem 12 casos confirmados de varíola dos macacos. Desses, todos são homens, sendo quatro na faixa etária de 20 a 29 anos e oito entre 30 e 39.