OMS: varíola dos macacos não constitui emergência de saúde mundial
Especialistas que aconselham entidade internacional optaram por seguir acompanhando desdobramentos do surto antes de elevar classificação
atualizado
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A Organização Mundial de Saúde anunciou, neste sábado (25/6), que o atual surto de varíola dos macacos não constitui uma emergência de saúde pública mundial, categoria na qual está classificada a pandemia de Covid-19. Até aqui, ao menos 3.040 casos da doença infecciosa foram notificados em 47 países.
Entre os argumentos para não elevar o nível de atenção em relação à varíola dos macacos, os especialistas citaram a possibilidade de a classificação gerar estigmas e violações de direitos humanos contra homens que fazem sexo com homens, uma vez que a maioria dos pacientes registrados neste novo surto pertence ao grupo.
O painel de especialistas que aconselha a OMS sugere que a situação seja reavaliada se o número de casos seguir aumentando, se forem registrados infectados entre profissionais do sexo e se a gravidade dos casos notificados crescer.
Casos no Brasil
A cepa que está em circulação em países fora da África é considerada mais transmissível, mas menos letal. Até o momento, no atual surto, foram registrados mais de 2 mil casos em 42 países, e nenhuma morte. O Brasil já confirmou nove pacientes infectados pelo vírus.
A OMS acredita que as primeiras pessoas que tiveram contato com o vírus fora da África estavam em festas de música eletrônica na Europa. A doença é transmitida por contato próximo com os fluidos das feridas dos pacientes, assim como pela respiração, mas o contágio é bem mais difícil do que o da Covid-19, por exemplo.
A maioria dos pacientes infectados são identificados como homens que fazem sexo com homens, levantando dúvidas se o vírus também seria transmitido por contato sexual. Nas últimas semanas, pesquisadores do o Instituto Spallanzani encontraram DNA do vírus da varíola dos macacos no sêmen de pacientes infectados, mas ainda não há confirmação sobre essa maneira de contaminação.
Sintomas da infecção
O período de incubação do vírus que provoca a doença varia de sete a 21 dias. Os sintomas costumam aparecer 10 ou 14 dias após o momento da infecção. Os primeiros sinais são febre, mal-estar e dor. Cerca de três dias depois, os pacientes passam a apresentar bolhas pelo corpo – parecidas com as da catapora. A doença termina em um período entre três e quatro semanas.
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