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Covid: OMS classifica EG.5 como variante de interesse do coronavírus

OMS monitora crescimento da variante EG.5, em circulação em diversos países, incluindo China, EUA, Reino Unido, Japão e Canadá

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Imagem representativa de variante do coronavírus
1 de 1 Imagem representativa de variante do coronavírus - Foto: Getty Images

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou, nesta quarta-feira (9/8), a variante EG.5 do coronavírus como uma “variante de interesse”. A cepa está em circulação nos Estados Unidos, Reino Unido, China, Coreia do Sul, Japão e Canadá.

A EG.5 é uma linhagem descendente da Ômicron XBB.1.9.2. Embora tenha características que conferem maior transmissibilidade, a agência não considera que a cepa represente uma ameaça maior à saúde pública em relação às demais variantes.

“Coletivamente, as evidências disponíveis não sugerem que a EG.5 traga riscos adicionais à saúde pública em relação às outras linhagens descendentes de Ômicron atualmente em circulação”, afirma a OMS, em referência às sublinhagens em circulação desde o final de 2021.

Ela foi identificada pela primeira vez em 17 de fevereiro deste ano e designada como uma variante sob monitoramento (VUM) em 19 de julho. Até segunda-feira (7/8), 7.354 sequenciamentos da EG.5 foram registrados no banco de dados internacional Gisaid.

A maior parte das sequências são da China (30,6%, com 2.247 sequências). Em seguida aparecem os Estados Unidos (18,4%, com 1.356), Coreia do Sul (14,1%, 1.040), o Japão (11,1%, 814), Canadá (5,3%, 392), Austrália (2,1%, 158), Singapura (2,1%, 154), Reino Unido (2,0%, 150), França (1,6%, 119), Portugal (1,6%, 115) e Espanha (1,5%, 107).

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Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúde
Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você ama
<strong>Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca</strong> em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron
Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar <strong>fadiga</strong> -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condições
<strong>Dores musculares</strong> por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírus
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Com cerca de 50 mutações e presente em mais de 140 países, a Ômicron é considerada a variante mais infecciosa e tem sido a responsável pela terceira onda da Covid no mundo

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Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúde

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Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você ama

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Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron

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Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar fadiga -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condições

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Dores musculares por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírus

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Perda do apetite pode aparecer. Estudos apontam que este é um sintoma recorrente entre os pacientes infectados pelas variantes Delta e Ômicron

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Dor abdominal, diarreia, náusea ou vômito são outros sintomas que podem surgir.

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Novas recomendações da OMS

A OMS também lançou, nesta quarta-feira, um conjunto de recomendações permanentes para apoiar os países a gerenciar a Covid-19 a longo prazo em sete áreas, com foco na vigilância epidemiológica.

A organização pede que todos os países :

  1. Atualizem seus programas nacionais para a Covid-19 usando o Plano Estratégico de Preparação e Resposta da OMS;
  2. Mantenham a vigilância colaborativa para detectar mudanças significativas no vírus, bem como tendências na gravidade da doença e na imunidade da população;
  3. Relatem os dados da Covid-19 à OMS ou em fontes abertas, especialmente sobre morte e doenças graves, sequências genéticas e dados sobre a eficácia da vacina;
  4. Continuar a oferecer vacinas, especialmente para os grupos de maior risco, com maior risco de hospitalização ou morte;
  5. Continuar a iniciar, apoiar e colaborar em pesquisas para gerar evidências para a prevenção e controle da Covid-19;
  6. Oferecer atendimento clínico ideal para a Covid-19, incluindo acesso a tratamentos comprovados e medidas para proteger os profissionais de saúde e cuidadores;
  7. Continuar a trabalhar para garantir o acesso equitativo a vacinas, testes e tratamentos seguros, eficazes e de qualidade garantida para a Covid-19.

“A implementação dessas recomendações não apenas ajudará a proteger contra a Covid-19, mas também ajudará os países a prevenir e responder a outras doenças. Não podemos prever o futuro, mas podemos nos preparar para ele”, afirma o líder da OMS.

O professor e pesquisador da Fiocruz Brasilia Eduardo Hage, único representante da América do Sul no comitê responsável pelo relatório, destaca a necessidade de aumentar as coberturas de vacinação em todo o mundo.

Ele comenta que, além do esforço individual de cada país, é necessária uma colaboração entre eles, com apoio da OMS e outras organizações para melhorar o acesso, com o aumento da capacidade mundial de insumos por meio de transferência de tecnologia e conhecimento.

“Algumas regiões e países ainda têm baixas coberturas, principalmente quando se considera a dose de reforço”, lembra Hage.

O professor destaca também a importância de se manter um bom sistema de vigilância para conhecer os passos do vírus e se antecipar ao surgimento de novas variantes.

“A Covid-19 não acabou. Continuamos com contaminação, casos graves e óbitos. Como já ocorreu com outras doenças, quando se tem a redução da transmissão, é necessário intensificar algumas ações. Alguns exemplos são a capacidade de vigilância para detectar casos e sinais de alerta, incluindo o aumento de doenças de causa respiratória”, considera.

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