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OMS coloca talco na categoria de produtos “provavelmente cancerígenos”

Decisão foi publicada nesta sexta. Para a agência de câncer da OMS, existem evidências em animais que o talco estaria ligado ao câncer

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A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), da Organização Mundial da Saúde (OMS), decidiu, nesta sexta (5/7), incluir o talco na lista de ingredientes provavelmente cancerígenos (2A). As conclusões foram publicadas na revista The Lancet Oncology.

De acordo com os especialistas, há evidências suficientes em animais e limitadas em humanos de que o talco pode ser responsável por desencadear câncer de ovário. Na categoria estão também outros produtos, como a carne vermelha e frituras, por exemplo.

O talco é um mineral natural e, segundo o Iarc, as pessoas mais expostas aos seus efeitos são os trabalhadores que fazem extração, moagem, processamento ou fabricação de produtos com a substância. Para a população que já tem contato com o talco industrializado, o risco está no uso de cosméticos corporais principalmente na região perineal.

Talco como cancerígeno

Não é novidade que o talco pode estar ligado ao desenvolvimento de câncer. Desde a década de 1970, a comunidade científica percebeu que muitas vezes os minerais usados para fabricar o talco estão próximos a minas de amianto, que já foi ligada várias vezes a tumores. A contaminação seria a responsável pelo risco do produto — a Johnson e Johnson, inclusive, já foi processada várias vezes por consumidores que tiveram câncer relacionado ao talco vendido pela empresa.

Porém, o talco comercializado atualmente (teoricamente) não tem mais amianto. A Iarc explica que as avaliações foram feitas apenas no talco, mas que não é possível excluir a possibilidade de contaminação pelo amianto.

“A contaminação do talco com amianto ainda pode ser uma preocupação e pode levar à exposição de trabalhadores e da população em geral”, diz o documento.

Acrilonitrila

A publicação do Iarc também inseriu a acrilonitrila, uma substância volátil usada na produção de polímeros presentes em fibras de roupas, carpetes, cigarro e plásticos, na lista de produtos carcinogênicos para humanos (1A).

A agência considera que as evidências disponíveis sobre a substância são suficientes para relacioná-la ao desenvolvimento de câncer de pulmão, mas limitadas na relação com o câncer de bexiga.

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