OMS sugere que, em situações especiais, segunda dose da vacina seja adiada
Segundo um grupo que aconselha a entidade, o intervalo deve ser de 21 a 28 dias, mas pode ser estendido para seis semanas
atualizado
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Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (5/1), a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que, em situações especiais, a vacina contra a Covid-19 feita pela Pfizer/BioNTech poderá ter a segunda dose adiada.
A informação foi repassada por Alejandro Cravioto, presidente da Sage, um grupo de especialistas que aconselha a OMS sobre vacinas e imunização. Segundo ele, o ideal é que a segunda dose seja aplicada entre 21 e 28 dias após a primeira.
Porém, com o aumento acentuado no número de casos e a dificuldade em se conseguir doses suficientes para imunizar os grupos de risco, a entidade sugere um intervalo de até seis semanas para a reaplicação. A mudança abriria a possibilidade de vacinar mais pessoas enquanto uma nova remessa não é entregue.
“Recomendamos que a vacina seja administrada em locais onde se possa tratar choques anafiláticos e que pessoas que tiverem PCR positivo para Covid-19 nos seis meses anteriores à vacinação, não sejam imunizadas no momento”, explica Alejandro. O objetivo é que mais doses estejam disponíveis para pessoas que ainda não foram infectadas.
O presidente da Sage também afirma que o grupo é contra vacina preferencial para pessoas que forem viajar, a não ser que o passageiro esteja dentro de algum grupo de risco. Esta ação feriria o princípio da equidade.
Até o momento, a Sage apenas analisou os dados da vacina da Pfizer/BioNTech, mas deve se reunir nos próximos dias e semanas para avaliar outros imunizantes.
A lista completa de recomendações da agência internacional deve ser publicada assim que o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, aprová-la. Segundo ele, é importante que os países ajam em “uníssono” para acabar com a pandemia.
Começo da pandemia
Às vésperas do início da investigação oficial da OMS na China para descobrir onde e como começou a pandemia de coronavírus, o diretor-geral se disse decepcionado com o país asiático. Dois pesquisadores já embarcaram rumo a Wuhan, mas as autorizações para o levantamento ainda não foram emitidas pelo governo chinês. Outros participantes sequer puderam entrar no avião.
Ghebreyesus afirma estar em contato com as autoridades responsáveis, e que eles garantiram que o processo está correndo o mais rápido possível.