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OMS sobre vacina de Covid-19: “Não podemos apostar nos cavalos antes da linha de chegada”

Diretores da entidade afirmam que a pausa nos testes da AstraZeneca é normal, mas deve servir de “lição” para quem espera solução rápida

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OMS/Reprodução
Tedros Ghebreyesus e Maria Van Kerkhove
1 de 1 Tedros Ghebreyesus e Maria Van Kerkhove - Foto: OMS/Reprodução

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (10/9) que sua maior preocupação neste ponto da pandemia de Covid-19 é a falta de solidariedade.

Ghebreyesus vem dizendo, desde o decreto da pandemia, que o mundo só se livrará do coronavírus por meio de solidariedade. “Estamos divididos, criando uma ótima oportunidade para o vírus. Por isso, ele ainda está se espalhando. Eu peço ao mundo: sejam solidários. Há bons sinais, mas não são suficientes”, explica o diretor-geral.

Além da solidariedade entre as pessoas, no sentido de que elas tentem ao máximo não se colocar em risco para não contaminar amigos, familiares e vizinhos, Ghebreyesus aponta que o nacionalismo dos países quanto à vacina contra a Covid-19 não ajuda em nada. Com cada nação buscando garantir doses para a própria população, sem pensar no coletivo, a pandemia vai demorar mais tempo para acabar, pontua o titular da OMS.

Corrida pela vacina

Na coletiva, os diretores da OMS lembraram ainda que a pausa no estudo clínico da vacina de Oxford contra a Covid-19 é normal. Além disso, reforçaram a importância de a segurança estar em primeiro lugar e alertaram para a busca pela imunização não virar uma “corrida entre as empresas”.

Segundo Michael Ryan, diretor de emergências da entidade, esta é uma corrida, sim, contra o vírus e o tempo, mas não entre as farmacêuticas que estão produzindo a imunização. “Mas não podemos apostar em nenhum dos cavalos antes da linha de chegada”, frisa.

A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, explica que, para uma vacina ser considerada segura e eficaz, é preciso que a terceira fase do estudo clínico dure, no mínimo, seis meses. Por isso, a entidade espera os primeiros resultados em dezembro de 2020 ou janeiro de 2021, e não antes disso.

Soumya ressalta ainda que a pausa da AstraZeneca deve servir de “lição” sobre as expectativas de uma imunização rápida contra a Covid-19. “Existem altos e baixos na pesquisa científica e precisamos estar preparados”, salienta.

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