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OMS quer criação de corredor humanitário para levar oxigênio à Ucrânia

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus condenou o ataque de tropas russas a hospital ucraniano

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1 de 1 tedros ghebreyesus - Foto: Anadolu Agency/Getty Images

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu, nesta quarta-feira (2/3), que um corredor humanitário seja criado imediatamente para levar oxigênio e outros suprimentos de saúde aos hospitais da Ucrânia, país vem enfrentando ataques da Rússia.

A primeira remessa de suprimentos destinados ao país possui 36 toneladas e será suficiente para atender às necessidades de 150 mil pessoas. A previsão é que os suprimentos cheguem à Polônia nesta quinta-feira (3/3).

“Há uma necessidade urgente de estabelecer um corredor para garantir que trabalhadores humanitários e suprimentos tenham acesso seguro e contínuo para alcançar as pessoas necessitadas”, disse Tedros em coletiva de imprensa.

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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo
Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias
Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país
Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk
A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão
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A invasão russa da Ucrânia ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro, horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta de um possível ataque aéreo na região

Reprodução
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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo

Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias

Foto de Stringer/Agência Anadolu via Getty Images
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Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país

Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images
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Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk

Foto de Oliver Dietze/picture Alliance via Getty Images
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A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão

Pierre Crom/Getty Images
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Segundo a agência de notícias Reuters, militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia

Foto do Ministério do Interior da Ucrânia/Divulgação/Agência Anadolu via Getty Images
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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens

Omar Marques/Getty Images
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Pessoas também esperam ônibus em rodoviária na tentativa de deixar Kiev, capital da Ucrânia

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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia

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Dois soldados russos foram levados como prisioneiros pela Ucrânia após a operação militar da Rússia

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Estrutura ficou danificada após ataque de mísseis em Kiev

Chris McGrath/Getty Images
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Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia

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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha

Kay Nietfeld/picture aliança via Getty Images
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A quantidade de aeronaves na base da Força Aérea dos EUA, na Alemanha, aumentou significativamente após os ataques russos à Ucrânia

Boris Roessler/picture Alliance via Getty Images

Segundo Tedros, a OMS liberou US$ 5,2 milhões do Fundo de Contingência para Emergências para a resposta aos conflitos. Estima-se que outros US$ 45 milhões serão necessários para a Ucrânia nos próximos três meses e US$ 12,5 milhões para apoiar os países vizinhos na atenção aos refugiados.

Escassez de suprimentos

O conflito entre Rússia e Ucrânia dificultou o acesso de itens básicos de saúde à população, como oxigênio para os hospitais, insulina para os diabéticos e vacinas para diversas doenças, como a Covid, o sarampo e a poliomielite. A guerra obrigou os empresários a fecharem as três principais fábricas de oxigênio do país.

O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, lembrou que, de acordo com informações já divulgadas, cerca de 2 mil ucranianos estavam precisando de oxigênio para o tratamento da Covid-19.

“Esse número aumentou porque agora temos pessoas com traumatismo também. O oxigênio salva vidas. Não é possível esperar e a Ucrânia precisa de oxigênio agora ou as pessoas vão morrer sem necessidade – aliás, elas estão morrendo sem necessidade”, afirmou.

Ryan lembrou com pesar de imagens de enfermeiras fazendo a ventilação manual de bebês em porões de hospitais. “Temos idoso na UTI, ninguém pode carregá-los para os porões e os cuidadores precisam permanecer ali, não podem fugir”, disse.

Ataques a hospitais

O líder da OMS foi veemente ao condenar os ataques de tropas russas a hospitais ucranianos. “Recebemos vários relatos não confirmados de ataques à infraestrutura de saúde e um incidente confirmado na semana passada, no qual um hospital foi atacado com armas pesadas, matando quatro pessoas e ferindo 10, incluindo seis trabalhadores de saúde”, disse Tedros.

“A santidade e a neutralidade dos cuidados de saúde – incluindo de trabalhadores de saúde, pacientes, suprimentos, transporte e instalações – e o direito ao acesso seguro aos cuidados devem ser respeitados e protegidos. Ataques aos que cuidam da saúde são uma violação do direito internacional humanitário”, afirmou.

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