OMS pede prioridade nas investigações sobre nova versão da Ômicron
Sublinhagem do vírus está se espalhando rapidamente. OMS quer saber se ela consegue escapar da resposta imunológica
atualizado
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, nesta terça-feira (25/1), que os países priorizem as investigações sobre as características da sublinhagem BA.2 da variante Ômicron do novo coronavírus. As autoridades querem saber se a nova versão do vírus consegue escapar da resposta das vacinas.
A BA.2 foi foi descoberta no início de dezembro de 2021, quando cientistas australianos identificaram casos ligados a ela na África do Sul, Austrália e no Canadá.
Atualmente, a sublinhagem da Ômicron está presente em mais de 40 países e corresponde a 65% dos novos casos de Covid-19 na Dinamarca, segundo mostrou o jornal The Washington Post.
“A partir de 24.01.2021, a linhagem descendente BA.2, que difere de BA.1 (linhagem original) em algumas das mutações, inclusive na proteína spike, está aumentando em muitos países”, informa um comunicado da OMS.
“Investigações sobre as características de BA.2, incluindo propriedades de escape imunológico e virulência, devem ser priorizadas independentemente (e comparativamente) à BA.1”, reforça a organização.
Mutações
Um estudo feito pela agência britânica UK Health Security Agency (UKHSA) mostra que a BA.2 e a Ômicron têm muitas mutações em comum, no entanto, a linhagem mais recente parece ser capaz de se espalhar mais rapidamente.
“Observações muito iniciais da Índia e da Dinamarca sugerem que não há diferença dramática na gravidade em comparação com BA.1 (Ômicron). Esses dados devem se tornar mais sólidos nas próximas semanas”, escreveu o virologista do Imperial College London, Tom Peacock, no Twitter.