Na última semana foram registrados mais de 15 milhões de novos casos de Covid-19. Adhanom destacou que este é “de longe o maior número de casos relatados em uma única semana, e sabemos que isso é subestimado”.
O aumento de infecções foi impulsionada pela Ômicron, segundo a organização. A variante descoberta em novembro de 2021 rapidamente se espalhou e conseguiu substituir a Delta, responsável pela quarta onda da pandemia em muitos países.
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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O número de óbitos semanais, por outro lado, se mantém estável desde outubro de 2021, com média de 48 mil mortes por semana.
Na avaliação de Adhanom, este cenário reflete a combinação de fatores que incluem a menor letalidade da cepa e a imunidade adquirida após as vacinas ou devido a infecções anteriores.
No entanto, isso não seria motivo para comemorações precipitadas. “Sejamos claros: embora a Ômicron cause doenças menos graves que a Delta, ele continua sendo um vírus perigoso, principalmente para aqueles que não foram vacinados”, afirmou o chefe da OMS.
“Quase 50 mil mortes por semana são 50 mil mortes. Aprender a conviver com esse vírus não significa que podemos, ou devemos, aceitar esse número de mortes”, ressaltou.
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