OMS: “Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um guia com orientações que os governos devem adotar para chegar ao fim da pandemia
atualizado
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Em um raro discurso otimista, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, falou pela primeira vez, nesta quarta-feira (14/9), sobre a possibilidade de declarar o fim da pandemia de Covid-19.
“Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia. Ainda não chegamos lá. Mas o fim está à vista”, afirmou Ghebreyesus em entrevista coletiva realizada em Genebra, na Suíça.
Na última semana foram registrados 3.051.810 de casos da doença em todo o mundo e 9.907 mortes pela infecção do coronavírus, o menor número de óbitos desde março de 2020.
O líder da OMS comparou este momento à reta final de uma corrida, onde os esforços devem ser intensificados para garantir a vitória. “Um maratonista não para quando a linha de chegada aparece. Você corre mais forte, com toda a energia que lhe resta. Podemos ver a linha de chegada, estamos em uma posição vencedora. Mas agora é o pior momento para parar de correr. Agora é a hora de correr mais e ter certeza de cruzar a linha e colher os frutos de todo o nosso trabalho duro”, comparou.
A OMS lançou, também nesta quarta, um guia com seis orientações de políticas públicas que descrevem as principais ações que todos os governos devem tomar para acabar com a pandemia, com base em evidências recolhidas nos últimos 32 meses.
Elas incluem orientações sobre o manejo clínico da Covid-19, testes, manutenção de medidas de prevenção e controle de infecções em unidades de saúde, metas vacinais, gestão de infodemia e confiança por meio da comunicação de riscos e envolvimento da comunidade.
“Esses resumos são um apelo urgente para que os governos analisem suas políticas e as fortaleçam para combater a Covid-19 e futuros patógenos com potencial pandêmico”, afirmou Ghebreyesus.
Novas ondas
A diretora técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, avalia que outras ondas de infecções devem ocorrer no futuro, provocadas por novas subvariantes do vírus, mas elas não devem se traduzir no aumento de casos graves e óbitos, uma vez que há ferramentas disponíveis para a prevenção e tratamento, com vacinas e medicamentos aprovados. “Há muitas ferramentas que podemos utilizar”, disse.
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