OMS não recomenda uso de plasma convalescente em pacientes com Covid
Entidade afirma que não existem evidências que mostrem melhora na chance de sobrevivência ou diminuição do uso de ventilação artificial
atualizado
Compartilhar notícia
Em artigo publicado na revista científica The British Medical Journal (BMJ), a Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou as recomendações e se posicionou contra o uso de plasma convalescente em pacientes com Covid-19. A técnica consiste na transfusão de plasma sanguíneo de pessoas que tiveram a infecção, como uma maneira de aumentar os anticorpos do paciente.
Segundo a OMS, apesar de a promessa inicial do tratamento ter sido positiva, não há evidências até o momento que o uso do plasma aumente a chance de sobrevivência, ou diminua a necessidade de ventilação mecânica. A entidade acrescenta que o método é caro e demanda muito tempo para ser administrado.
A OMS afirma que a recomendação é especialmente forte no caso de pacientes com doença leve, mas também deve ser adotada em pessoas com quadro severo e crítico. O artigo cita evidências de 16 estudos clínicos para chegar à decisão.
O plasma não faz mal, mas não é eficiente e demanda uma logística complicada, que envolve achar e testar os potenciais doadores, colher o sangue, guardar e administrar o plasma, limitando as possibilidades do tratamento.