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OMS muda posicionamento e passa a recomendar Remdesivir contra Covid

Baseada em estudos clínicos recentes, agência internacional fez nova atualização nas diretrizes de tratamento contra Covid

atualizado

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Fotografia colorida de pessoa com covid
1 de 1 Fotografia colorida de pessoa com covid - Foto: Pixabay

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, nesta quinta-feira (21/4), novas orientações para o uso dos antivirais Paxlovid, da Pfizer, e Remdesivir, da farmacêutica Gilead Sciences, no tratamento inicial da Covid-19. As recomendações foram publicadas na edição atual da revista British Medical Journal (BMJ).

Remdesivir

Depois de analisar dados de cinco novos ensaios clínicos, com 2.700 pacientes da Covid-19, o grupo de especialistas internacionais que define as orientações da OMS sobre o assunto voltou atrás e passou a indicar o tratamento com Remdesivir para pacientes com quadros leves que correm maior risco de hospitalização, como idosos, imunossuprimidos e pessoas não vacinadas.

A recomendação substitui a orientação anterior que era contra o uso do medicamento, independentemente da gravidade da doença para os pacientes com Covid.

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Em casos mais graves, em que o paciente possui dificuldade para respirar ou apresenta dor no peito, é necessário realizar tratamento hospitalar
No Brasil, alguns medicamentos foram autorizados pela Anvisa como tratamento para a Covid-19. Um deles é o baricitinib, fortemente recomendado para pacientes com quadros graves da infecção, pois aumenta a probabilidade de sobrevivência às complicações que o coronavírus pode causar
O medicamento age diminuindo os danos causados pelo coronavírus nas células e diminui inflamações. É fornecido na forma de comprimidos de 2 mg ou 4 mg e deve ser utilizado somente com prescrição médica
O anticorpo monoclonal sotrovimab é outro medicamento autorizado pela agência reguladora como tratamento para a Covid-19. No entanto, ele é indicado apenas para quadros leves da doença e deve ser utilizado quando os primeiros sintomas se manifestarem
Segundo a farmacêutica GSK, o sotrovimabe é eficaz contra mutações do coronavírus, assim como as que caracterizam a variante Ômicron. O remédio é injetável e de uso restrito a hospitais
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Os tratamentos para a Covid-19 podem variar conforme o quadro apresentado. Em casos mais leves, onde há presença de dores musculares, dor na cabeça, perda do paladar ou do olfato, tosse intensa e febre, repouso e o uso de certos medicamentos podem auxiliar no alívio dos sintomas

MSD/Reprodução
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Em casos mais graves, em que o paciente possui dificuldade para respirar ou apresenta dor no peito, é necessário realizar tratamento hospitalar

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No Brasil, alguns medicamentos foram autorizados pela Anvisa como tratamento para a Covid-19. Um deles é o baricitinib, fortemente recomendado para pacientes com quadros graves da infecção, pois aumenta a probabilidade de sobrevivência às complicações que o coronavírus pode causar

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O medicamento age diminuindo os danos causados pelo coronavírus nas células e diminui inflamações. É fornecido na forma de comprimidos de 2 mg ou 4 mg e deve ser utilizado somente com prescrição médica

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O anticorpo monoclonal sotrovimab é outro medicamento autorizado pela agência reguladora como tratamento para a Covid-19. No entanto, ele é indicado apenas para quadros leves da doença e deve ser utilizado quando os primeiros sintomas se manifestarem

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Segundo a farmacêutica GSK, o sotrovimabe é eficaz contra mutações do coronavírus, assim como as que caracterizam a variante Ômicron. O remédio é injetável e de uso restrito a hospitais

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A dexametasona, um corticoide, é outro tratamento autorizado. Segundo estudos, o medicamento é indicado para pacientes com quadros graves. Ele é capaz de reduzir a mortalidade apenas quando o uso de oxigênio é necessário

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Apesar de ser indicado por órgãos de saúde, o corticoide não deve ser utilizado sem orientação médica, pois pode piorar o quadro clínico se usado precocemente

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A Anvisa também concedeu permissão para a utilização do coquetel de anticorpos REGN-COV. O tratamento é indicado para pessoas que estão apresentando os primeiros sintomas da doença e não precisam de internação, mas que possuem risco maior de desenvolver quadros graves

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Para o uso do coquetel, que contém dois anticorpos monoclonais, o casirivimabe e imdevimabe, é necessário prescrição médica. Ele é aplicado via infusão intravenosa e, segundo a fabricante, reduz em até 70% o risco de hospitalização ou morte. Em casos graves, o medicamento não deve ser utilizado, pois pode piorar o quadro

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Assim como os corticoides, os bloqueadores dos receptores de interleucina-6 também são indicados para tratar sintomas graves da Covid-19, pois reduzem a morte pela doença. No entanto, para a utilização do medicamento é necessário prescrição médica, pois o uso indevido pode piorar o quadro do paciente

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Todos os medicamentos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são de uso restrito hospitalar e são tratamentos para pessoas que estão com coronavírus. Até o momento, nenhum remédio se mostrou eficaz para prevenir a infecção pela doença

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Paxlovid

O novo pacote de orientações também indica o uso do Paxlovid, da Pfizer, para pacientes com quadros leves que correm maior risco de hospitalização.

O uso do medicamento é desaconselhado para pacientes com menor risco ou com doença grave ou crítica. De acordo com os especialistas, os benefícios se mostraram insignificantes para o tratamento de pessoas sem risco prévio para a infecção. Já no caso da Covid grave, faltam dados de ensaios clínicos sobre os benefícios do Paxlovid.

A decisão dos especialistas levou em consideração dados de dois ensaios clínicos com 3.100 pacientes, nos quais foram encontradas evidências de que o tratamento, que combina comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir, reduziu as internações hospitalares. A taxa de sucesso foi de 84 internações a menos para cada grupo de mil pacientes.

Acesso aos medicamentos

O painel de especialistas observou que os medicamentos antivirais devem ser administrados o mais cedo possível e reconheceu algumas implicações de custo e recursos que podem dificultar o acesso aos medicamentos a países de baixa e média renda. O grupo destacou ainda que o acesso a esses medicamentos depende da realização de testes de diagnóstico, pois ambos precisam ser administrados na fase inicial da doença.

“As recomendações de hoje fazem parte de uma diretriz viva, desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde com o apoio metodológico da MAGIC Evidence Ecosystem Foundation, para fornecer orientações confiáveis ​​sobre o manejo da Covid-19 e ajudar os médicos a tomarem melhores decisões com seus pacientes”, disse a OMS, em comunicado enviado à imprensa.

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