OMS estabelece meta de vacinar 40% da população mundial até fim do ano
Entidade pede que países e empresas colaborem com nações que estão mais atrasadas em suas campanhas de imunização contra a Covid
atualizado
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, nesta quinta-feira (7/10), uma nova estratégia global de vacinação Covid-19 em que estabelece a meta de imunizar 40% das população do mundo até o fim deste ano, aumentando o percentual para 70% até a metade de 2022.
“Lançar essa estratégia mundial é um plano coordenado para que as vacinas cheguem a todas as partes do mundo. Aos braços de 40% da população mundial ao final deste ano e a 70% até a metade de 2022. Só assim chegaremos ao final da pandemia”, afirmou António Guterres, secretário-geral da ONU, que participou da coletiva de imprensa.
Para que a meta seja alcançada, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, pediu que os países com campanha de vacinação avançada e as fabricantes dos imunizantes se comprometam a disponibilizar doses ao consórcio Covax Facility e compartilhem conhecimento fazendo a transferência de tecnologia para outros países.
Adhanom destacou que apenas a vacinação equitativa levará o mundo a um desfecho mais rápido para a pandemia da Covid-19, impedindo o surgimento de novas variantes e permitindo que as economias voltem a crescer.
“Acredito que os países e os fabricantes têm obrigação de cooperar porque, desta maneira, ajudam a acelerar o fim da pandemia”, disse.
Em tom de alerta, Adhanom lembrou que a desigualdade na distribuição de vacinas é um obstáculo em relação ao controle da pandemia.
“Estamos à beira do precipício, se não fizermos isso agora. Quase um terço da população mundial está completamente vacinada contra Covid-19, mas os países de renda média e alta estão usando quase 75% das vacinas disponíveis. Temos 55 países que ainda não conseguiram vacinar nem 10% da população”, destacou.
Covid longa
A OMS também anunciou a publicação de novas diretrizes que estabelecem o diagnóstico da Covid longa. A condição fica caracterizada por sintomas persistentes e que afetam a vida dos pacientes por mais de dois meses após o início da infecção do novo coronavírus.
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