OMS e FMI propõem plano de US$ 50 bi para combater a pandemia
“Vacinar o mundo é o jeito mais eficiente de recuperar economia global”, afirma diretora do Fundo Monetário Internacional
atualizado
Compartilhar notícia
Chefes da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Grupo do Banco Mundial (BM) e da Organização Mundial do Comércio (OMC) emitiram um apelo extraordinário para que líderes governamentais promovam ações de financiamento no intuito de acelerar o fim da pandemia de Covid-19.
Os diretores do FMI, do BM, da OMS e da OMC propõem um investimento de US$ 50 bilhões, para gerar US$ 9 trilhões em retornos econômicos globais até 2025.
O plano é aumentar a capacidade de produção e o fornecimento de imunizantes contra a Covid-19, assim como os fluxos de comércio e a distribuição equitativa de diagnósticos, oxigênio, tratamentos, suprimentos médicos e vacinas. “Terminar a pandemia é um problema que tem uma solução, mas que requer uma ação global coordenada”, afirma Kristalina Georgieva, diretora do Fundo Monetário Internacional, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (1º/6).
A convocação para a ação deste grupo quadrilateral chega em um momento perigoso da pandemia, como novas explosões de variantes, em países como Reino Unido e Índia, e a possível terceira onda da Covid-19 no Brasil.
Os apelos das quatro entidades são direcionados para os países do G7 e para a Cúpula de Saúde Global do G20. “A esta altura, tornou-se bastante claro que não haverá uma recuperação ampla da economia sem o fim da crise de saúde. O acesso à vacinação é fundamental para ambos”, ressalta Kristalina Georgieva.
A OMS reforça que as doses de imunizantes precisam ser doadas imediatamente aos países em desenvolvimento, sincronizadas com os planos nacionais de implantação de vacinas, inclusive por meio da Covax, mecanismo internacional de distribuição de imunizantes.
A OMS e seus parceiros da Covax estabeleceram a meta de vacinar aproximadamente 30% da população mundial, em todos os países, até o fim de 2021.
“Mas podemos vacinar até 40%, por meio de outros acordos e aumento do investimento, e pelo menos 60% até o primeiro semestre de 2022″, afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.