OMS desenvolve vacina contra gripe aviária com farmacêutica argentina
Novo projeto visa acelerar o desenvolvimento e a acessibilidade de candidatos à vacina de mRNA contra a gripe aviária humana
atualizado
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Nesta segunda-feira (29/7), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou um novo projeto para acelerar o desenvolvimento de vacinas contra a gripe aviária para os países mais pobres ou que estão desenvolvendo fórmulas com a tecnologia de RNA mensageiro.
O projeto será liderado pela empresa biofarmacêutica Sinergium Biotech, da Argentina, que começou a produzir vacinas contra o vírus da gripe aviária H5N1.
Um estudo recente confirmou que o patógeno já se propaga entre mamíferos, o que é preocupante pois aponta um desenvolvimento importante do vírus, sugerindo que ele pode se adaptar e um dia ser transmitido entre humanos.
Vacina contra gripe aviária
Lançado em julho de 2021, o Programa de Transferência de Tecnologia de mRNA, desenvolvido em conjunto pela OMS e pelo Medicines Patent Pool (MPP), tem como objetivo desenvolver capacidade em países de baixa e média renda para facilitar e melhorar o acesso às vacinas.
A Sinergium Biotech desenvolveu vacinas candidatas contra o vírus H5N1 e está focada em comprovar sua eficácia em estudos pré-clínicos.
Com essa etapa finalizada, a tecnologia, os materiais e a experiência serão compartilhados com outros fabricantes. Esse esforço visa acelerar o desenvolvimento de vacinas contra o H5N1 e fortalecer a imunização.
“Esta iniciativa exemplifica por que a OMS estabeleceu o Programa de Transferência de Tecnologia para promover maior pesquisa, desenvolvimento e produção em países de baixa e média renda. Quando a próxima pandemia chegar, o mundo deve estar melhor preparado para montar uma resposta mais eficaz e equitativa”, afirma o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.
Os vírus da gripe aviária representam um risco significativo para a saúde pública devido à sua ampla disseminação entre animais e ao potencial de desencadear uma futura pandemia.
“Nossa meta é permitir que países de baixa e média renda liderem esforços de desenvolvimento, fomentem a colaboração, compartilhem recursos e disseminem conhecimento”, acrescenta o diretor executivo do MPP, Charles Gore.
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