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OMS: Covid prejudica serviços essenciais de saúde em 92% dos países

Pandemia do coronavírus interrompeu tratamentos de doenças como câncer, Aids e de transtornos mentais, além da vacinação regular

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
emergência do hospital de base
1 de 1 emergência do hospital de base - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado na segunda-feira (7/2), relevou que 92% dos 129 países pesquisados tiveram a prestação de serviços essenciais de saúde prejudicada durante a pandemia da Covid-19.

Serviços básicos, incluindo programas de vacinação, de nutrição, de saúde sexual e tratamentos do câncer, da Aids, de transtornos mentais, neurológicos e de uso de substâncias foram “severamente impactados”, segundo a pesquisa.

“Além disso, mesmo com o aumento da vacinação contra a Covid-19, foram relatadas maiores interrupções nos serviços de imunização de rotina”, diz o relatório divulgado.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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O monitoramento foi realizado entre novembro e dezembro de 2021, mesmo período em que os países sentiram os primeiros impactos da variante Ômicron, com o aumento de casos da doença.

“Os resultados desta última pesquisa sugerem que os sistemas de saúde em todas as regiões e em países de todos os níveis de renda continuam sendo severamente impactados, com pouca ou nenhuma melhoria desde o início de 2021, quando a pesquisa anterior foi realizada”, pontua a OMS.

Indicadores

As cirurgias eletivas foram interrompidas em 59% dos países. A descontinuidade dos cuidados de reabilitação e dos cuidados paliativos foram relatadas em aproximadamente metade dos países pesquisados. Os serviços de emergência também foram prejudicados: 36% dos países interromperam os serviços de ambulância, 32% os serviços de emergência 24 horas e 23% as cirurgias de emergência.

Mais de 90% dos países ainda enfrentam dificuldades para prestar o serviço adequado no combate à pandemia, incluindo diagnóstico, tratamentos, vacinação contra a Covid-19 e distribuição de equipamentos de proteção individual (EPI).

A OMS considera os problemas com a força de trabalho de saúde como a maior barreira ao combate da Covid-19. Muitos profissionais são afastados de seus postos por exaustão ou após a infecção pelo coronavírus.

“Mesmo interrupções moderadas nos serviços essenciais de saúde levam a consequências negativas na saúde e no bem-estar. Os resultados desta pesquisa destacam a importância de ações urgentes para enfrentar os principais desafios do sistema de saúde, recuperar serviços e mitigar o impacto da pandemia da Covid-19”,afirmou a OMS.

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