OMS confirma 2 mortes em Gana por Marburg, vírus da família do Ebola
Vírus consta na lista de patógenos de interesse da entidade, e pode vir a causar uma pandemia. Não há tratamento ou vacina disponível
atualizado
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado nesta segunda-feira (18/7) confirmando que Gana pode enfrentar um novo surto do vírus Marburg após duas mortes serem confirmadas para a doença. Os dois pacientes que faleceram apresentaram os mesmos sintomas: febre, diarreia, náuseas e vômitos.
Ainda segundo o comunicado, o Instituto Pasteur de Dacar, no Senegal, recebeu amostras das duas pessoas que morreram e confirmou a suspeita do Instituto de Pesquisa Médica Noguchi Memorial, em Gana, que havia levantado a suspeita para o vírus Marburg nestes casos. Os pacientes são da região de Ashanti, no sul do país.
No informe, a OMS afirma que uma das vítimas era um homem de 26 anos, que deu entrada no hospital no dia 26 de junho deste ano, e que faleceu no dia seguinte. A outra vítima era um homem de 51 anos que foi para o hospital no dia 28 de junho e acabou morrendo no mesmo dia, apesar do atendimento médico. Os dois pacientes foram atendidos na mesma unidade de saúde.
Ao todo, mais de 90 casos suspeitos, que incluem moradores e profissionais da saúde, foram identificados e estão sendo monitorados. O temor, segundo o comunicado, é de que a situação na região saia do controle. O vírus Marburg consta na lista da OMS como um patógeno de interesse, que pode causar uma pandemia.
O vírus
O vírus Marburg é um patógeno da família do Ebola, e essa é a segunda vez que a zoonose é detectada no oeste africano. Em setembro de 2021 um caso foi detectado na Guinea. O Marburg, de acordo com a OMS, é transmitido por morcegos que se alimentam de frutas. O contágio ocorre através do contato direto com fluidos corporais de pessoas contaminadas, superfícies e materiais.
Além de febre, diarreia, náuseas e vômitos, a doença também pode causar hemorragias no paciente em um período de sete dias. Sangramentos internos e externos, com sangue no nariz, gengivas, vagina, no vômito e nas fezes também podem ser registrados nas vítimas.
Baseado em surtos anteriores, a taxa de mortalidade da doença gira entre 24% a 88%. Ainda não há uma vacina para esta doença nem um tratamento estabelecido.
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