OMS cobra US$ 4,3 bilhões para vacinação contra Covid-19 em países pobres
Diretor-geral lembrou compromisso feito pelos países mais ricos dentro do consórcio internacional Covax Facility
atualizado
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Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (11/12), o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que faltam US$ 4,3 bilhões em doações para garantir a vacinação contra a Covid-19 em países pobres.
Segundo ele, a vacina é um feito maravilhoso da ciência, mas é muito importante que todos os países possam desfrutar deste avanço de maneira igualitária. “Para isso, precisamos seguir três prioridades: resolver a questão financeira, que o compromisso feito pelas nações seja traduzido em ação, e melhorar a infraestrutura dos países mais pobres para a campanha de vacinação”, disse.
Ghebreyesus considerou as imagens de pessoas sendo imunizadas no Reino Unido emocionantes, mas acrescentou que elas serão ainda mais satisfatórias quando se repetirem ao redor do mundo.
“A parte mais importante deste processo é quando vemos as pessoas sendo imunizadas, quando é feito com justiça, e de forma global. Dessa maneira, o mundo pode se recuperar com mais facilidade e rapidez. É algo de interesse para todos os países do mundo”, afirmou.
Uso emergencial
A cientista-chefe da entidade Soumya Swaminathan diz que a OMS já recebeu pedidos de uso emergencial de várias vacinas, e que a primeira que está sendo analisada é a da Pfizer, seguida pelas imunizações da Moderna e da Oxford/AstraZeneca.
“Estamos trabalhando junto à agências reguladoras, e devemos ter respostas nas próximas semanas”, disse. Esta aprovação é essencial para as vacinas comercializadas pela Covax Facility.
Festas de fim de ano
O diretor-geral da OMS afirmou que é preciso prestar atenção e cuidado com os encontros de final de ano, sem baixar a guarda. “Celebração pode virar tristeza rapidamente. Se você vive em uma área com transmissão, por favor, tome todos os cuidados. O maior presente que você pode dar esse ano é saúde, vida, amor, felicidade e esperança”, afirmou.
O diretor de emergências Michael Ryan lembrou ainda que pessoas pensando em fazer testes contra a Covid-19 para encontrar familiares no Natal devem estar atentas a como interpretar o resultado dos exames. “É um retrato do momento, o status hoje não é o mesmo de amanhã. Não se pode basear o comportamento dos próximos dias nesta informação”, explicou.