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1 de 1 Ilustração do corpo humano com figado em evidencia - Metrópoles
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, nesta terça-feira (17/5), que já recebeu notificações de 32 países sobre casos de internação de crianças com complicações hepáticas sem causa definida.
De acordo com a médica Philippa Easterbrook, cientista sênior no departamento de HIV e hepatite da OMS, 12 nações investigam mais de cinco casos localmente, a maioria delas localizadas na Europa. Até 75% das crianças afetadas têm menos de 5 anos; 26 precisaram ter o fígado transplantado e seis morreram.
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A hepatite é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus, bactérias, uso excessivo de medicamentos ou consumo de bebida alcoólica. Existem cinco tipos de hepatite: A, B, C, D e E. No entanto, no Brasil, os tipos A, B e C são os mais comuns
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A hepatite A é causada por um vírus que pode ser transmitido pelo ato sexual ou pelo consumo de água e alimentos contaminados. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais
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Não há tratamento específico para a hepatite A, por isso, deve-se evitar a automedicação. Apesar disso, existe vacina eficaz contra a doença. Entre os principais sintomas dessa tipagem estão: náusea sem motivo aparente, febre baixa, perda de apetite, dor abdominal e fadiga
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A hepatite B também é causada por um vírus e pode ser transmitida por compartilhamento de objetos pessoais, ao realizar tatuagens e procedimentos cirúrgicos sem a devida higiene, durante relação sexual, entre outros. Entre os principais sintomas estão: amarelamento dos olhos, dor abdominal e urina escura
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Já na hepatite B, o fígado pode apresentar um quadro de inflamação persistente e há risco de a doença evoluir para cirrose hepática. Ela pode ser identificada através de exames laboratoriais. Na maioria dos casos, pode ser tratada com medicamentos antivirais que impedem a multiplicação do vírus e retardam ou melhoram a evolução da doença
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A hepatite C, também causada por vírus, tem meio de transmissão semelhante a hepatite B. Contudo, a hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos e há tratamento disponível com medicamentos por via oral. Entre os sintomas estão fadiga, perda do apetite, náuseas, amarelamento dos olhos ou pele
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A hepatite D, também conhecida como hepatite Delta, é causada pelo vírus HDV (Vírus RNA, que precisa do vírus causador da hepatite B para que a infecção ocorra). Está presente no sangue e secreções e pode ser transmitido assim como no caso das hepatites B e C
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A hepatite D pode causar dores abdominais, cansaço e náuseas. O diagnóstico da doença deve ser feito através de exames clínicos e epidemiológicos
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A hepatite E, causada pela vírus VHE, é transmitida por via fecal-oral, ou seja, pelo consumo de água ou alimentos contaminados. Na maioria dos casos, essa versão da doença tem cura. Os sintomas incluem falta de apetite, náuseas e amarelamento da pele. Em casos raros, a doença pode progredir para insuficiência hepática aguda
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Independentemente da vacina, indicada para todos os casos, algumas recomendações são fundamentais para a prevenção das hepatites virais. São elas: lavar as mãos após a utilização de sanitários, lavar alimentos com água tratada, clorada ou fervida, cozinhar bem os alimentos e não tomar banho em água não tratada ou próxima a esgotos
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Além disso, utilizar preservativos, não compartilhar seringas ou materiais de uso pessoal e certificar-se de que protocolos de biossegurança são cumpridos antes de submeter-se a tatuagens, piercings, tratamentos odontológicos e procedimentos cirúrgicos pode ajudar a evitar a doença
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Além dessas, existe ainda a hepatite alcoólica, causada pelo consumo abusivo e prolongado de álcool. A hepatite medicamentosa, que causa inflamação no fígado após uso indiscriminado de medicamentos, e a Esteato-hepatite, por exemplo, que surge devido ao acúmulo de gordura no fígado
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Em casos mais leves, a doença pode desaparecer sozinha. Mas em certas tipagens é necessário o uso de medicamentos antivirais ou outros cuidados específicos
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Recentemente, diversas crianças com idades entre um mês e 16 anos foram diagnosticadas com hepatite aguda em países da Europa e nos EUA. A gravidade da doença levou 17 crianças a passarem por transplantes de fígado e uma delas morreu
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Os misteriosos casos de inflamação grave do fígado ainda não têm causa definida, mas evidências apontam para a infecção pelo adenovírus 41F
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No Brasil, a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, monitora 44 casos em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
“Casos de hepatite em crianças sempre ocorreram, mas eram raros. Agora estamos trabalhando com pesquisas em vários países para estabelecer se há algum ponto em comum em todos esses relatórios”, disse Philippa Easterbrook durante coletiva de imprensa da OMS.
A hepatite é uma inflamação do fígado. As causas mais comuns para o problema são infecções pelos vírus A, B, C, D e E da hepatite, consumo de água e alimentos contaminados, intoxicação medicamentosa ou alcoólica. Nos casos acompanhados pela OMS, essas causas já foram descartadas.
A principal suspeita da OMS é uma infecção prévia pelo coronavírus seguida de uma virose provocada pelo adenovírus. “A principal hipótese está associada ao adenovírus e à infecção da Covid-19. Estamos avaliando se a infecção prévia da Covid-19 pode ter persistido no trato digestivo dessas crianças ou se a virose pode ter sido o gatilho para a hepatite”, contou.
“Sabemos que a infecção pelo coronavírus pode levar à hepatite em adultos, mas precisamos investigar essa relação em crianças”, continuou a médica.
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