OMS: Brasil tem situação “preocupante” e deve levar pandemia “a sério”
Representantes da entidade alertaram para o aumento no número de casos de Covid-19 no país
atualizado
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Em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (5/3), autoridades sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatizaram a preocupação com a atual situação do Brasil, que vive um momento de crescimento nos números de casos e mortes provocadas pela Covid-19 e enfrenta dificuldades para organizar a campanha de vacinação.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a situação brasileira é “séria e muito preocupante”. Segundo ele, muitos países têm observado tendência de queda na quantidade de infecções por Sars-CoV-2 nas últimas seis semanas, mas, no Brasil, a situação é inversa, pois os casos tinham “aumentado ou atingido um platô com uma tendência maior de aumento”.
“Acho que o Brasil tem que levar isso muito, muito a sério. Sem fazer coisas para impactar a transmissão ou suprimir o vírus, não acho que vamos conseguir ter, no Brasil, a tendência de queda”, alertou Tedros.
Para Ghebreyesus, o país precisa adotar medidas de saúde públicas “agressivas” e, ao mesmo tempo, garantir que toda a população seja vacinada.
Internações de jovens
Uma das principais preocupações da OMS é o aumento das internações de jovens infectados com Covid-19. “Medidas de saúde pública, sociais e comportamentais, param todas essas cepas e variantes. Agora não é a hora de o Brasil – ou qualquer outro país, aliás – relaxar”, ressaltou o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan.
Apesar da chegada das vacinas contra a Covid-19 no Brasil representar esperança, Ryan pontuou que as imunizações podem passar a falsa sensação de segurança. O receio da OMS é que as pessoas acabem perdendo o foco no combate à pandemia.
“Se eu acho que vou receber a vacina nas próximas semanas, talvez eu não seja mais cuidadoso. Talvez eu ache que já superei. Você não precisa que muitas pessoas comecem a pensar isso para dar uma chance ao vírus de se espalhar. Nós vimos isso na Europa até o Natal”, alertou.
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