OMS avaliará se surto de varíola dos macacos é emergência de saúde
Comitê sanitário da entidade se reunirá na próxima semana. O patamar de emergência de saúde é o mesmo que está a Covid-19
atualizado
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou nesta terça-feira (14/6) que se reunirá com membros do Comitê de Emergência sob o Regulamento Sanitário da entidade para avaliar se o surto de varíola dos macacos se tornou uma emergência de saúde pública de interesse internacional, assim como a Covid-19.
A reunião ocorrerá na quinta-feira da próxima semana (23/6). Até a data, a OMS espera ter concluído todas as análises sobre a doença para entender as lacunas na transmissão do vírus e ter chegado a um consenso sobre como será a resposta coordenada de enfrentamento à doença.
A disseminação da varíola dos macacos por quase 40 países acendeu o sinal de alerta da OMS. Segundo Ghebreyesus, ficou claro que o vírus causador da doença mudou o seu comportamento em relação aos surtos passados.
“O surto de Monkeypox (vírus da varíola dos macacos) é incomum e preocupante. Por esse motivo, decidi convocar o Comitê de Emergência sob o Regulamento Sanitário Internacional na próxima semana”, disse o diretor-geral durante coletiva de imprensa em Genebra.
Cerca de 1.600 casos da doença viral foram confirmados desde o início de maio em 39 países – 32 deles não tinham registros de circulação do vírus até então. Nenhuma morte foi registrada até o momento, mas as autoridades monitoram uma suspeita de óbito em Minas Gerais.
Vacinação
A OMS também publicou, nesta terça, um guia provisório com orientações para a vacinação contra a varíola dos macacos. No documento, a entidade reafirma que a imunização em massa não é necessária nem recomendada neste momento.
Devem ser vacinadas apenas as pessoas em situação de risco, como contatos próximos de pacientes com diagnóstico positivo, idealmente no prazo de quatro dias após a primeira exposição para prevenir o início da doença.
Também devem ser vacinados os profissionais de saúde em risco, pessoal de laboratório que trabalha com ortopoxvírus e com testes de diagnóstico para varíola dos macacos. Contatos íntimos dos pacientes contaminados e outros que possam estar em risco também devem ser vacinados.
“Apesar de esperarmos que as vacinas de varíola humana ofereçam alguma proteção contra a dos macacos, ainda há informações clínicas limitadas, e poucos estoques. Qualquer decisão sobre quando usar os imunizantes deve ser feita caso a caso”, afirma o diretor-geral.
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