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OMS atualiza orientações sobre máscaras caseiras. Saiba quais são elas

A entidade recomenda o número ideal de camadas e o material que deve ser usado para garantir mais proteção contra o novo coronavírus

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Nathália Brandão com a filha Valentina falam sobre uso da máscara
1 de 1 Nathália Brandão com a filha Valentina falam sobre uso da máscara - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Organização Mundial da Saúde atualizou o documento que faz recomendações sobre o uso de máscaras de proteção facial para evitar a transmissão do novo coronavírus. Anteriormente, a entidade pedia que apenas os pacientes da doença, pessoas próximas a eles e profissionais de saúde usassem a proteção. Agora, entende a necessidade do uso pela população geral, optando pelo modelo de tecido.

O documento é uma atualização do que havia sido publicado em 6 de abril, agora com evidências científicas atualizadas relevantes sobre o uso do equipamento. As novas orientações sobre as características da máscara de tecido incluem a escolha de material, número de camadas necessárias, formato, revestimento e manutenção.

A OMS reconhece que não existem ainda evidências científicas sobre o uso difundido de máscaras por pessoas saudáveis ​​no ambiente comunitário e que há benefícios e danos potenciais a serem considerados. No entanto, atualizou suas orientações para “aconselhar que, para evitar a transmissão da Covid-19, os governos incentivem o público em geral a usar máscaras em situações e configurações específicas como parte de uma abordagem abrangente para suprimir a transmissão do Sars-CoV-2”.

A proteção deve ser usada se a intenção for impedir que o usuário infectado transmita o vírus a outras pessoas e oferecer proteção ao usuário saudável. Deve ser utilizada também por trabalhadores em contato próximo com o público como assistentes sociais e caixas, onde houver casos de transmissão comunitária e limitação ou inexistência de outras medidas de contenção.

Máscaras de tecido

As máscaras de tecido devem ter, no mínimo, três camadas a depender do tecido utilizado. Isso porque a mais interna está em contato com o rosto do usuário e a externa com o meio ambiente. Mas é importante observar a capacidade de respiração com tantas camadas de tecido.

A sugestão é que a interna seja de material hidrofílico, como o algodão, a intermediária de material polipropileno ou algodão e a mais externa de polipropileno, poliéster ou suas misturas para dificultar a entrada da contaminações. Deve-se evitar os tecidos com elástico pois eles se desgastam com o tempo e lavagens e perdem a função a que foram propostos.

“Os tecidos (por exemplo, misturas de nylon e 100% poliéster) quando dobrados em duas camadas, proporcionam uma eficiência de filtração até cinco vezes maior em comparação com uma única camada do mesmo pano, e a eficiência de filtração aumenta de duas para sete vezes se for dobrada em quatro”, diz  o comunicado.

O formato deve garantir que a proteção fique confortável e tenha pouco ajuste durante o uso. Ela pode ser feita em dobras planas ou bico de pato, cobrindo nariz, boca, bochechas e queixo do usuário.

As máscara de tecido não são apropriadas para o uso de profissionais da saúde. No caso de escassez dos equipamentos de proteção individual (EPIs) descartáveis, a OMS sugere o uso do protetor facial (face shield). “Um estudo que avaliou o uso de máscaras de pano em um estabelecimento de saúde descobriu que os profissionais que usavam máscaras de algodão estavam em maior risco de doenças semelhantes à influenza em comparação com aqueles que usavam máscaras médicas”, diz o documento.

A OMS destaca que as máscaras sozinhas não são suficientes para evitar a disseminação do coronavírus.

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