OMS aprova uso emergencial da vacina da Sinopharm contra a Covid-19
Entidade sugere o uso de duas doses para maiores de 18 anos. Imunizante agora pode fazer parte da Covax
atualizado
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu, nesta sexta (7/5), conceder o uso emergencial da vacina da farmacêutica chinesa Sinopharm contra a Covid-19. Com a aprovação, o imunizante pode ser distribuído por meio da Covax Facility.
A recomendação da entidade é que sejam aplicadas duas doses, com intervalo de até três semanas, em pessoas com mais de 18 anos. Apesar da falta de informações sobre a eficácia do imunizante em idosos, a entidade considera que não há razões para a vacina agir de forma diferente em maiores de 60 anos.
“Temos evidência suficiente de segurança e eficácia na prevenção de hospitalizações e óbitos de até 79%. Essa vacina já está sendo usada em vários países e pedimos que essas nações organizem um sistema de vigilância para verificar a saúde das pessoas que já tomaram o imunizante, principalmente idosos, pessoas com comorbidades e gestantes”, explica Alejandro Cravioto, diretor da SAGE, o grupo de especialistas responsável por aconselhar a OMS sobre vacinas, em entrevista coletiva. Ele diz ainda que, com novas informações, a decisão da entidade pode ser revisada.
A Sinopharm também se comprometeu a fazer um estudo de monitoramento da performance da vacina. “Em geral, o risco-benefício da vacina é favorável e recomendamos que seja listada como de uso emergencial. Temos confiança que geraremos os dados o mais rápido possível. Nosso trabalho não termina com a aprovação, continuamos revisando os dados”, diz Arnauld Didierlaurent, presidente do grupo de especialistas independente que verifica as informações de vacinas para a OMS.
Coronavac
A OMS ainda está analisando o processo da Sinovac. Didierlaurent afirma que os especialistas pediram mais informações para a farmacêutica e aguardam a resposta para dar prosseguimento à avaliação.
Sputnik V
A entidade diz que está alerta aos problemas da vacina russa Sputnik V levantados pela Anvisa e que ainda está em processo de análise do processo. O time da OMS ainda está na Rússia para inspecionar as fábricas do imunizante e só deve voltar no começo de junho.
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