OMS apela por melhores condições de trabalho a profissionais de saúde
A entidade pede que os governos garantam o acesso prioritário às vacinas para os trabalhadores na linha de frente do combate à pandemia
atualizado
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo, nesta quinta-feira (21/10), para que governos de todo o mundo ofereçam melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde e cuidadores que trabalham na linha de frente do combate à pandemia da Covid-19.
O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, demonstrou preocupação com o grande número de trabalhadores de saúde que morreram pela infecção do novo coronavírus. Ele também destacou o fato de a categoria estar sofrendo de esgotamento, estresse, ansiedade e fadiga no último ano.
“A pandemia é uma amostra poderosa de como dependemos do sistema de saúde e como estamos vulneráveis quando aqueles que cuidam da nossa saúde não estão protegidos”, desabafou.
A OMS pede que os governos fortaleçam o monitoramento e a notificação de novas infecções, problemas de saúde e mortes provocadas pela Covid-19 entre os profissionais da categoria, bem como garantam o acesso prioritário deles às vacinas.
Dados de 119 países mostram que, até setembro, dois em cada cinco profissionais de saúde e cuidadores estavam totalmente vacinados, mas há uma grande disparidade entre países de baixa e alta renda.
Menos de um em cada dez profissionais teve acesso às duas doses dos imunizantes nas regiões da África e do Pacífico Ocidental, enquanto que a maioria dos países de alta renda têm mais de 80% dos profissionais totalmente vacinados.
“Temos a obrigação moral de proteger todos os trabalhadores de saúde e cuidados, garantir seus direitos e fornecer-lhes trabalho decente em um ambiente de prática seguro e propício. Isso deve incluir o acesso às vacinas” disse Jim Campbell, diretor da OMS dedicado ao tema de saúde e condições de trabalho.
Um documento sobre o impacto do Covid-19 nos profissionais de saúde e cuidadores estima que entre 80 mil a 180 mil trabalhadores da área podem ter morrido de Covid-19 entre janeiro de 2020 a maio de 2021.