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OMS alerta para perigos de toneladas de lixo hospitalar da pandemia

Especialistas sugerem medidas sustentáveis para lidar com os resíduos gerados na pandemia em prol da saúde da população e do meio ambiente

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Debarchan Chatterjee/NurPhoto via Getty Images
Lixo hospitalar na pandemia da Covid-19
1 de 1 Lixo hospitalar na pandemia da Covid-19 - Foto: Debarchan Chatterjee/NurPhoto via Getty Images

Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado nesta terça-feira (1º/2), mostra como os resíduos hospitalares gerados durante a pandemia da Covid-19 expõem a saúde da população e a integridade do meio ambiente. O documento chama a atenção para a necessidade urgente de criar melhores práticas de descarte do material.

Estima-se que dezenas de milhares de toneladas de materiais hospitalares – incluindo máscaras descartáveis, equipamentos de proteção individual (EPI), seringas e testes de detecção do coronavírus – colocaram uma enorme pressão nos sistemas de gerenciamento de resíduos de saúde em todo o mundo.

“O problema expõe os profissionais de saúde a ferimentos com agulhas, queimaduras e micro-organismos, além de impactar as comunidades que vivem perto de aterros mal administrados e locais de descarte de resíduos por meio do ar contaminado pela queima dos produtos, má qualidade da água ou pragas transmissoras de doenças”, informou a OMS.

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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
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Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash
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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

Morsa Images/ Getty Images
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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

Peter Dazeley/ Getty Images
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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles
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Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

Morsa Images/ Getty Images
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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

NIAID/Flickr
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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

Fábio Vieira/Metrópoles
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

Callista Images/Getty Images
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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

Josué Damacena/Fiocruz
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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

Getty Images

A OMS baseia esta estimativa nas aproximadamente 87 mil toneladas de EPIs adquiridas em uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) entre março de 2020 e novembro de 2021 e enviadas para países que necessitavam de apoio urgente no enfrentamento da pandemia. O número é apenas um indicativo do problema real: acredita-se que a maior parte destes equipamentos tenham acabado como lixo.

Os autores do levantamento destacam que mais de 140 milhões de kits de teste (cerca de 2.600 toneladas de resíduos não infecciosos) e 731 mil litros de resíduos químicos (equivalente a um terço de uma piscina olímpica) foram produzidos durante o período.

Há ainda o lixo gerado após a aplicação de mais de 8 bilhões de doses de vacinas em todo o mundo, resultando em 144 mil toneladas de resíduos na forma de seringas, agulhas e caixas de segurança.

De acordo com a agência internacional, 30% das instalações de saúde – 60% delas localizadas nos países menos desenvolvidos – não estão preparadas para lidar com os resíduos que geram diariamente e “muito menos com a carga adicional da Covid-19”.

“É absolutamente vital fornecer aos profissionais de saúde o EPI certo. Mas também é vital garantir que ele possa ser usado com segurança e sem afetar o meio ambiente”, disse o diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Michael Ryan.

Recomendações

A OMS faz uma série de recomendações para solucionar o problema, com práticas mais seguras e sustentáveis para o meio ambiente apoiadas por políticas e regulamentações nacionais fortes, monitoramento, apoio à mudança de comportamento e desenvolvimento da força de trabalho, e aumento de orçamentos e financiamento.

As práticas incluem ainda o uso de embalagens ecológicas, a distribuição de EPIs seguros e reutilizáveis e de materiais recicláveis ​​ou biodegradáveis. A organização também pede o investimento em tecnologias de tratamento de resíduos sem queima, como autoclaves e investimentos no setor de reciclagem.

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