OMS: “Afrouxar as restrições não significa acabar com a epidemia”
Diretor-geral da organização lembra que o relaxamento das medidas de distanciamento deve atender requisitos para evitar segunda onda
atualizado
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, reiterou, em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (20/04) em Genebra, na Suíça, que o relaxamento das medidas de distanciamento social deve seguir uma série de fatores, entre eles a capacidade dos sistemas de saúde de detectar, testar, isolar e tratar todos os casos de Covid-19.
“Queremos enfatizar que afrouxar as restrições não significa o fim da epidemia em qualquer país. Acabar com a epidemia vai demandar esforço sustentável da parte de indivíduos, comunidades e governos para continuarem a suprimir e a controlar o vírus”, afirmou.
O diretor-geral da OMS ressaltou que a entidade está comprometida em salvar vidas e agradeceu o apoio dos ministros da Saúde do G-20, em teleconferência realizada no domingo (19/04). Segundo Tedros, o Fundo de Resposta Solidário à Covid-19 arrecadou mais de US$ 194 milhões e mais de 100 países se associaram aos testes clínicos sobre a doença.
A OMS também negou ter ignorado um e-mail de autoridades de Taiwan que teriam denunciado os primeiros casos de transmissão entre humanos do coronavírus, no final de dezembro, como afirmado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última semana. “A primeira informação sobre coronavírus não veio de Taiwan”, garantiu o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.