OMS: “A pandemia é prova de que uma crise de saúde não é só da saúde”
Diretor-geral da entidade, Tedros Ghebreyesus, lembra que a Covid-19 trouxe consequências dramáticas para famílias, comércio e economias
atualizado
Compartilhar notícia
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (7/5), o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou a necessidade de se investir e dar mais atenção à saúde ao redor do mundo. “A pandemia é uma demonstração de que uma crise de saúde não é só de saúde, e pode ter consequências dramáticas para vidas, famílias, negócios e economias. Quando a saúde está em risco, tudo está também”, explica.
Ele sugere que as nações usem este momento da pandemia para apostar na cobertura de saúde universal e gratuita. Segundo Ghebreyesus, o mundo está indo na direção errada, e cada vez mais famílias estão comprometendo parcelas maiores do orçamento com saúde e, por isso, acabam expostas a vários níveis de pobreza.
Distribuição igualitária das vacinas
O diretor-geral voltou a reclamar sobre a distribuição desigual de vacinas ao redor do mundo — cerca de 80% das doses aplicadas até o momento aconteceram em países ricos. “Distribuição igualitária não é caridade, é para o benefício de todos”, afirma.
Enquanto não há doses para as pessoas em risco, ele pede que governos e populações se esforcem para adotar as medidas de prevenção contra o vírus. “As vacinas são uma arma vital contra o vírus, mas ainda são insuficientes para acabar com a pandemia”, diz.
Questionados sobre a aprovação de alguns imunizantes para crianças, os diretores da OMS explicaram que menores de idade não são grupo de risco para a Covid-19, e que é mais importante garantir que idosos e profissionais de saúde do mundo inteiro sejam imunizados antes de usar as vacinas em crianças.
Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam: