Ômicron: variante XE é 20% mais transmissível do que BA.2, diz agência
O Brasil registrou o primeiro caso de Ômicron XE esta semana. O paciente relatou sintomas leves da doença
atualizado
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A variante XE do coronavírus é até 20,9% mais transmissível do que a versão anterior da Ômicron — responsável pelo aumento do número de casos da Covid-19 em parte da Europa e da Ásia, na primeira quinzena de março —, segundo dados da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês), divulgados nessa sexta-feira (8/4).
De acordo com o boletim de monitoramento epidemiológico da agência britânica, o maior potencial de transmissibilidade foi observado nas últimas três semanas, mas o número deve ser visto com cautela. São necessários mais dados para estabelecer a vantagem de transmissão da nova subvariante.
O primeiro caso de infecção relacionado à variante foi descoberto em 19 de janeiro, no Reino Unido. Até a última terça-feira (5/5) o país havia registrado 1.125 casos de Covid relacionados à XE, menos de 1% do total de amostras sequenciadas este ano.
“Ainda não pode ser interpretado como uma estimativa de vantagem de crescimento para o recombinante”, informou a UKHSA.
A XE é uma recombinação de duas linhagens da variante Ômicron, a BA.1 (original) e a BA.2. Variantes recombinantes surgem quando uma pessoa é infectada por duas cepas de vírus ao mesmo tempo, e as células se replicam juntas, formando uma nova versão viral.
Primeiro caso no Brasil
O Brasil registrou o primeiro caso da subvariante XE esta semana. O paciente é um morador da capital paulista, de 39 anos. Segundo laudo divulgado, ele teve os primeiros sintomas da doença em 17 de fevereiro e teve a amostra do vírus coletada em 7 de março.
O paciente, que tem o esquema vacinal completo, apresentou sintomas leves, como coriza, distúrbios de olfato e paladar, dor de cabeça, tosse, febre e dor de garganta.