Ômicron: proteção da Pfizer é de 68% em crianças e 40% em adolescentes
Estudo de mundo real do CDC mostra que houve redução da eficácia do imunizante contra hospitalizações durante surto da nova variante
atualizado
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Um estudo robusto realizado por cientistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e do Hospital Infantil de Boston mostra que as crianças de 5 a 11 anos vacinadas com Pfizer tiveram 68% menos chances de serem hospitalizadas em comparação com as não vacinadas.
A eficácia da vacina cai para 20% entre o grupo de crianças hospitalizadas com quadros menos graves, segundo o artigo publicado nessa quarta-feira (30/3), na revista New England Journal of Medicine.
Os pesquisadores analisaram dados de prontuários médicos de 31 hospitais de 23 estados norte-americanos, entre 1º de julho a 18 de dezembro de 2021 – durante o pico da variante Delta no país –, e de 19 de dezembro a 17 de fevereiro – com maior incidência de Ômicron.
Foi feita uma comparação entre os pacientes pediátricos, com idade entre 5 e 11 anos e 12 a 17 anos, vacinados e não vacinados, com e sem Covid-19.
Cerca de 82% de todas as crianças mais novas e 78% dos adolescentes hospitalizados tinham uma ou mais condições médicas secundárias, como obesidade, doenças autoimunes ou problemas respiratórios.
Proteção para adolescentes
Entre os adolescentes de 12 a 17 anos que completaram o esquema vacinal, com duas doses da Pfizer, a proteção geral contra hospitalizações durante o pico de Delta foi de 90% até 44 semanas após a vacinação. Ela sofreu uma redução drástica, para cerca de 40%, durante o surto de Ômicron. Mais de 90% dos jovens internados em estado grave não estavam vacinados durante o estudo.
Quando separados os casos por gravidade, os pesquisadores descobriram que a vacina não é tão eficiente para proteger os adolescentes de casos menos graves, com apenas 20% de eficácia contra 79% de proteção contra os quadros mais graves.