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Ômicron: OMS pede que países ampliem testes e sequenciamento genético

O diretor-geral Tedros Ghebreyesus afirmou que ainda há poucas informações para prever o comportamento da nova variante do coronavírus

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1 de 1 tedros ghebreyesus - Foto: Anadolu Agency/Getty Images

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (8/12), a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que os países devem aumentar o número de testes, as ações de vigilância epidemiológica e a realização de sequenciamentos genéticos para que o mundo obtenha mais informações sobre as características da variante Ômicron do coronavírus.

Segundo os diretores da entidade, ela parece ser mais transmissível, mas é preciso lembrar que na África do Sul, onde a variante foi diagnosticada pela primeira vez, a Delta estava em baixa transmissão, e não se sabe se a Ômicron seria forte o suficiente para competir com a cepa.

“Precisamos olhar com cuidado a situação em vários países para entender se vai acontecer competição. Por isso, pedimos que os países aumentem os testes, a vigilância e o sequenciamento genético. Os diagnósticos que temos, PCR e antígeno, funcionam, mas precisamos de mais informações. Qualquer complacência pode causar mortes”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ele lembra ainda que a análise de uma nova variante demanda tempo: os cientistas precisam concluir os estudos e interpretar os resultados. Por isso, qualquer recomendação definitiva deve demorar ainda algumas semanas.

Ghebreyesus afirma que o mundo não está sem defesa contra a Ômicron ou a Delta, mas é preciso que os países e cada indivíduo ajam agora para evitar que a nova variante se espalhe ainda mais. “Devemos usar as ferramentas que temos agora, revisar os nossos planos, acelerar a vacinação em grupos de risco e aumentar as medidas para diminuir a transmissão do vírus”, ensina.

Vírus evoluindo

O diretor de emergências da entidade, Michael Ryan, explica que o vírus está apenas fazendo o que deve: evoluir. “Ele não se tornou invencível, só está mais adaptado para explorar as conexões entre as pessoas. Por isso, precisamos duplicar os esforços para nos adaptar mais rapidamente”, disse.

Ele afirmou ainda que, apesar de o senso comum ditar que um vírus mais transmissível será menos mortal, não é algo que acontece necessariamente. Qualquer patógeno tem pressão para se adaptar, mas segundo o diretor, a capacidade de matar o hospedeiro é algo mais aleatório.

Por isso, é preciso continuar tendo cuidado, usando máscara e evitando aglomerações, além de tomar a vacina, para manter a transmissão baixa. “Se deixarmos uma doença leve se transmitir à vontade, acabamos pressionando o sistema de saúde”, lembra.

A infectologista Maria Van Kerkhove, que está à frente da resposta da entidade à pandemia, afirma que o cenário que vivemos hoje, com uma nova variante de preocupação, era “completamente previsível”. “É um problema global, que precisa de soluções globais. Não podemos lutar só em alguns países, por isso a OMS está lutando pela igualdade no acesso às vacinas, e a ferramentas básicas, como EPIs e medicamentos”, explica.

Vacinas x Ômicron

Sobre os dados de que o reforço das vacinas seria eficaz contra a nova variante Ômicron divulgados nesta semana, a OMS voltou a afirmar que os resultados são preliminares, e é preciso esperar mais pesquisas antes de mudar qualquer orientação. A OMS se posiciona há meses contra a aplicação de reforço e booster enquanto vários países não têm sequer doses suficientes para começar o ciclo vacinal na população.

Saiba mais sobre a terceira dose da vacina contra a Covid-19:

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A decisão, implementada pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios, contempla todas as pessoas acima de 18 anos, independentemente de grupo etário ou profissão
Alguns estados, no entanto, reduziram ainda mais o intervalo de uma dose da vacina contra a Covid-19 para outra, como é o caso de São Paulo
Quem tomou a vacina da Janssen, inicialmente de dose única, deverá tomar a segunda dose com dois meses de intervalo. Cinco meses depois, o indivíduo poderá tomar o reforço
Mulheres que tomaram a Janssen e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas deverão utilizar como dose de reforço o imunizante da Pfizer
A decisão de ampliar a oferta da dose de reforço foi tomada com base em estudos da Fundação Oswaldo Cruz  (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford
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O Ministério da Saúde anunciou a redução do intervalo de tempo para aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19. O reforço agora pode ser tomado quatro meses após a segunda dose

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A decisão, implementada pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios, contempla todas as pessoas acima de 18 anos, independentemente de grupo etário ou profissão

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Alguns estados, no entanto, reduziram ainda mais o intervalo de uma dose da vacina contra a Covid-19 para outra, como é o caso de São Paulo

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Quem tomou a vacina da Janssen, inicialmente de dose única, deverá tomar a segunda dose com dois meses de intervalo. Cinco meses depois, o indivíduo poderá tomar o reforço

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Mulheres que tomaram a Janssen e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas deverão utilizar como dose de reforço o imunizante da Pfizer

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A decisão de ampliar a oferta da dose de reforço foi tomada com base em estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford

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As pesquisas informaram a necessidade de uma dose de reforço após as primeiras vacinações contra a Covid-19, incluindo para quem tomou a Janssen

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Devido à variante Ômicron, órgãos de Saúde de diversos países alertam sobre importância da aplicação de doses de reforço para conter a propagação do vírus e o surgimento de novas cepas

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Agora, o Ministério da Saúde planeja concluir, até maio de 2022, a aplicação da dose de reforço para o público-alvo em todo o país

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Ainda estamos em uma pandemia de Delta, e precisamos vacinar todas as pessoas, principalmente as que estão no grupo de risco. Essa continua sendo a nossa prioridade”, afirma Kate O’Brien, diretora de vacinas da entidade.

A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, lembra que as pesquisas divulgadas até o momento foram feitas com poucos pacientes, e só falam de anticorpos neutralizantes. “Não temos informação de eficácia, ainda é muito prematuro para tirar qualquer conclusão. É preciso ter paciência”, diz.

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