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Ômicron: nova vacina da Moderna produz 8 vezes mais anticorpos

Nova versão, que estará disponível em setembro, induziu produção de anticorpos maior para a variante do coronavírus

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1 de 1 Foto de uma mão aplicando vacina - Metrópoles - Foto: Morsa Images/ Getty Images

A farmacêutica Moderna anunciou, nesta quarta-feira (8/6), os resultados preliminares dos testes realizados para avaliar sua nova versão de vacina contra o coronavírus, que foi desenvolvida em resposta à variante Ômicron. A expectativa é que o imunizante esteja disponível para aplicação em setembro.

Os resultados dos testes clínicos mostraram que, em comparação com uma dose de reforço da vacina atual, a nova formulação induziu oito vezes mais anticorpos contra a Ômicron.

De acordo com o comunicado da Moderna, a nova versão é uma vacina bivalente que inclui informações da cepa original do vírus. Isso significa que ela age contra o vírus original, a variante Ômicron e suas subvariantes.

Atualmente as principais cepas em circulação são a BA.2, BA.4 e BA.5, todas oriundas da Ômicron, que apareceu em novembro de 2021 na África.

“Estamos enviando nossos dados preliminares e análises aos (órgãos) reguladores com a esperança de que o reforço bivalente contendo a Ômicron esteja disponível no final do verão (do Hemisfério Norte, inverno no Brasil)”, destacou o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, em comunicado.

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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
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Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash
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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles
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Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

Fábio Vieira/Metrópoles
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

Josué Damacena/Fiocruz
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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

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Identificada pela primeira vez na França, a Deltacron combina características das mutações Delta e Ômicron. Segundo a diretora da OMS, Maria Van Kerkhove, ainda não há evidências de que a nova variante seja mais grave do que a Delta ou a Ômicron separadamente. Com dois casos identificados no Brasil, no início de março de 2022, a cepa também já foi encontrada em países da Europa e nos Estados Unidos

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Resultados positivos

O laboratório é o primeiro a divulgar resultados sobre uma nova versão de vacina, embora a versão atual não seja utilizada no Brasil. Já a Pfizer/BioNTech, que desenvolveu um dos imunizantes utilizados no país, também estuda um reforço específico para a variante Ômicron, e espera ter dados em breve.

O estudo envolveu 437 participantes: um dos grupos recebeu a versão para a Ômicron como segunda dose de reforço (quarta dose) e a outra metade, uma aplicação da vacina original. A nova formulação foi bem tolerada em todos os voluntários, sem efeitos colaterais graves.

Segundo a Moderna, o número de anticorpos produzidos para as outras variantes de preocupação (VOC), como a Delta e a Alfa, também foi maior na versão mais recente do imunizante.

Em fevereiro de 2021, a Moderna já havia anunciado a estratégia de atualizar as vacinas para as novas mutações do Sars-CoV-2, assim como é feito anualmente com os imunizantes para a Influenza (gripe).

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