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Ômicron: internações de crianças por Covid crescem nos Estados Unidos

De acordo com o CDC, país registrou aumento de mais de 58% na média de hospitalizações diárias de crianças e adolescentes

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1 de 1 criança hispitalizada - Foto: Getty Images

O aumento de hospitalizações infantis nos Estados Unidos por Covid vem sendo associado à circulação da variante Ômicron no país. De acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os EUA registraram um crescimento de mais de 58% na média de hospitalizações diárias de crianças entre os dias 21 e 27 de dezembro e de 19%, em relação, a todas as faixas etárias. Ao todo, 334 crianças e adolescentes foram internados.

O órgão de saúde americano afirma que menos de 25% dos 74 milhões de norte-americanos com menos de 18 anos estão vacinados contra a Covid-19. Os médicos consideram que a alta capacidade de transmissão é responsável pelo crescimento de hospitalizações e reforçam a importância de que os pais levem os filhos para concluir o esquema vacinal.

“Ela (a Ômicron) infectará mais pessoas e está infectando mais pessoas. Vemos os números subirem, vemos as hospitalizações de crianças subirem”, disse a médica Jennifer Nayak, especialista em doenças infecciosas e pediatra do Centro Médico da Universidade de Rochester, à agência de notícias Reuters.

Uma das maiores taxas de vacinação dos EUA está na cidade de Nova York com mais de 80% dos adultos vacinados. Entretanto, apenas cerca de 40% das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estão totalmente imunizados, segundo dados municipais de saúde. Nos EUA, a vacinação está autorizada a partir dos 5 anos.

O número de internações de pessoas com 18 anos ou menos na cidade de Nova York aumentou de 22 na semana iniciada em 5 de dezembro para 109, entre 19 e 23 de dezembro. Crianças de menos de 5 anos representaram quase metade do total de casos. As hospitalizações de pessoas de 18 anos ou menos em todo o estado foram de 70 entre 5 e 11 de dezembro para 184, entre 19 e 23 de dezembro.

Covid-19: o que se sabe até agora sobre a vacinação de crianças

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

Divulgação/ Saúde Goiânia
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

baona/Getty Images
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

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