Ômicron: efetividade da vacina da AstraZeneca tem “queda dramática”
Pesquisa da Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido mostra que, apesar disso, imunizantes ainda protegem contra casos graves
atualizado
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A vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 tem uma “queda dramática” na efetividade quando o paciente é exposto à variante Ômicron, de acordo com dados da Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido divulgados nesta sexta-feira (10/12) pela BBC.
A pesquisa também relata uma baixa “significativa” na efetividade da vacina da Pfizer contra a Covid-19. Não foram analisadas as fórmulas da Moderna ou Janssen, mas a agência acredita que elas também teriam queda frente à nova variante.
Em entrevista ao jornal The Guardian, a chefe médica da agência, Susan Hopkins, diz que os dados mostram que quem recebeu duas doses há mais de três meses não está livre de ter um quadro sintomático de Covid-19.
Segundo o jornal, os indivíduos que tomaram a vacina da AstraZeneca há mais de 25 semanas têm 40% de proteção contra casos sintomáticos da variante Delta e apenas 10% contra a Ômicron. Porém, ainda não há certeza dos números, já que poucos casos foram analisados e, no país, o imunizante foi dado principalmente para idosos e pacientes dos grupos de risco, que já são tradicionalmente mais frágeis frente à infecções.
Saiba mais sobre a variante Ômicron do coronavírus:
Após o booster ou terceira dose, a proteção seria de 75% contra a Ômicron, um pouco abaixo das outras variantes. A análise levou em consideração informação de 581 pacientes com a variante e milhares de contaminados pela Delta. O levantamento não foi publicado em revista científica e nem revisado por pares até o momento.
Apesar de os dados serem preliminares, a agência de saúde inglesa reafirma que as vacinas ainda protegem contra casos graves da Covid-19, hospitalizações e mortes. Informações sobre a severidade dos quadros dos pacientes com a Ômicron devem ser publicadas na próxima semana.