Ômicron: Anvisa pede a farmacêuticas dados sobre eficácia de vacinas
A agência reguladora quer informações e, eventualmente, preparar-se para a possibilidade de aprovar atualizações nas vacinas em uso
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já acionou os desenvolvedores das vacinas em uso no Brasil para saber se os imunizantes têm eficácia contra a variante Ômicron do coronavírus.
Desde que cientistas da África do Sul anunciaram a nova cepa, as farmacêuticas realizam testes de desempenho de suas vacinas, frente à Ômicron. O temor é que a mutação resista à defesa produzida pelos imunizantes. Há a expectativa de que, nas próximas semanas, os primeiros dados sobre essas avaliações estejam disponíveis.
Efetuados em laboratórios de segurança máxima, os testes analisam a reação das amostras de sangue de pessoas vacinadas, quando postas em contato com a nova versão do vírus. No Brasil, estão autorizados os imunizantes da AstraZeneca/Oxford, Pfizer/BioNTech e Janssen, além da Coronavac.
O órgão regulador quer receber essas informações e, eventualmente, preparar-se para a possibilidade de as empresas farmacêuticas solicitarem atualizações das fórmulas já aprovadas.
“A Anvisa exige, para as vacinas autorizadas, que os desenvolvedores monitorem e avaliem o impacto das variantes na eficácia e na efetividade dos imunizantes. É preciso observar, porém, que esses estudos demandam tempo, uma vez que é preciso obter informações genéticas e amostras de pacientes para, então, realizar os testes e a análise”, afirma a nota.
No texto, a Anvisa reforça que a melhor coisa a se fazer para se proteger da variante Ômicron, no momento, é ser vacinado ou receber o reforço do imunizante, além de manter as medidas de prevenção, como o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social.