Ômicron afeta homens e mulheres de forma diferente, indica pesquisa
Levantamento realizado pela plataforma americana Web MD indicou que sintomas da variante Ômicron podem atingir mais duramente as mulheres
atualizado
Compartilhar notícia
Um levantamento realizado pela plataforma americana Web MD mostrou que a fadiga atinge mais fortemente as mulheres infectadas pela variante Ômicron de Covid-19. A pesquisa utilizou dados de 489 participantes (120 homens e 369 mulheres) que relataram ter a doença entre 23 de dezembro a 4 de janeiro deste ano.
Apesar do sintoma ser bastante comum em pessoas com a Ômicron, aproximadamente um terço dos homens disse ter sofrido com fadiga enquanto cerca de 40% das participantes femininas descreveram o cansaço extremo como uma das principais dificuldades relacionadas a Covid-19.
Em comparação, 18% dos homens afirmaram que o sintoma era recorrente durante as semanas em que estavam infectados. Entre as mulheres, o número foi de 25%. A quantidade de participantes que não relataram fadiga foi de 34% dos homens e 23% das mulheres.
Dados do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) mostram que a perda de paladar e olfato, tosse persistente e febre são os principais sintomas da Covid-19 desde o início da pandemia. O Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (ONS, na sigla em inglês) acrescenta aos sintomas fadiga e dor de cabeça.
A fadiga é relatada por 62% dos pacientes de Covid-19 e apontada em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron. O sintoma é caracterizado por cansaço extremo resultante de esforço mental, físico ou por doença. Por isso, a causa acaba sendo confundida com outras condições.
Dores musculares também foram relacionadas à Covid-19. Isso ocorre porque o corpo está tentando combater o vírus constantemente, gerando também uma sensação de fadiga contínua.
Principais sintomas da variante Ômicron
A infectologista Ana Helena Germoglio explica que a infecção provocada pelo coronavírus – seja pela mutação Delta ou Ômicron – tem sintomas bastante semelhantes. “No início da Covid-19, existiam sintomas característicos como perda de olfato e paladar, que a gente não viu com tanta frequência com a Delta e, muito menos agora, com a Ômicron”, afirma a especialista.
Segundo ela, a Ômicron está associada a sintomas respiratórios mais leves, como os de um resfriado. Dores pelo corpo, na cabeça, fadiga, perda de apetite, espirros e dor de garganta são comuns. Além disso, outros sinais inéditos foram observados nos infectados pela nova mutação: suores noturnos e sensação de garganta arranhando.