1 de 1 Saiba sintoma nos olhos que indica excesso de açúcar no sangue
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Se você tem percebido mais dificuldade de enxergar recentemente, é bom ter atenção não só ao grau dos seus óculos, mas também aos níveis de açúcar no sangue. Um dos principais sintomas da hiperglicemia aparece primeiro nos olhos.
O nível alto de açúcar pode ocasionar outras mudanças na visão e que mudam às vezes de um dia para o outro, especialmente logo após as refeições. Além da visão desfocada, a baixa capacidade de enxergar cores ou a formação de manchas pretas ou ondulações escuras na visão, também conhecidas como moscas volantes, também podem estar relacionadas à hiperglicemia.
Como o excesso de açúcar afeta os olhos?
É preciso estar atento à visão porque os estágios iniciais do diabetes raramente causam sintomas e eles podem aparecer de forma sutil, incluindo um aumento da fome, da frequência urinária e a impressão constante de um borrão, especialmente nas laterais do olho.
“Os diabéticos estão sujeitos à retinopatia diabética. Essa é uma lesão da retina formada pelo excesso de açúcar no organismo. Como essa região do olho é que comunica ao cérebro o que vemos, os danos ali podem prejudicar a visão e gerar até danos permanentes”, alerta o oftalmologista Alfonso Nomura, coordenador da oftalmologia do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano do Sul, no ABC paulista.
Os níveis elevados de glicose podem alterar a espessura dos líquidos dos olhos, facilitando a formação de inflamações da retina, que é a “parede interna” do órgão. Nela também há pequenos vasos sanguíneos que, se permanecerem com níveis elevados de açúcar por muito tempo, podem inflamar e até estourar. Ambos cenários causam dificuldade de focar a visão que desaparece caso os níveis de açúcar voltem ao normal.
Sem tratamento adequado, quem tem retinopatia diabética pode, inclusive, sofrer uma perda súbita total da visão ou mesmo uma cegueira irreversível. Por isso, os sintomas de desconforto visual em qualquer nível não devem ser negligenciados.
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada
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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros
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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento
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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença
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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco
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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções
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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)
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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle
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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão
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Prevenção e tratamento
Além da diabetes tipo 2, que é adquirida pelos hábitos de vida, a diabetes gestacional também pode causar sintomas de visão embaçada. “Nos casos de pacientes que reclamam da dificuldade de focar a visão, sempre é recomendado fazer um exame de mapeamento de retina, no qual podemos identificar a diabetes do fundo do olho pelo padrão das lesões e tratar com mais facilidade o problema, evitando danos permanentes”, explica o oftalmologista Aluizio Rocha, da rede AmorSaúde.
A prevenção da retinopatia diabética envolve manter uma dieta saudável e praticar exercícios físicos. Além disso, é fundamental que quem já tem diabetes monitore os níveis de açúcar no sangue e mantenha a pressão arterial controlada.
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