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Obesidade é o 2° principal fator de risco para o câncer, alerta estudo

Entre os estilos de vida evitáveis que estão relacionados à ocorrência da doença, estar acima do peso só perde para o vício em cigarro

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Uma pesquisa liderada por cientistas da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, com sede na França, e pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS, da sigla em inglês), no Reino Unido, faz um importante alerta sobre obesidade e câncer. Segundo os cientistas, o excesso de peso perde apenas para o fumo quando se trata de estilos de vida evitáveis ​​que causam câncer. O trabalho foi publicado no International Journal of Epidemiology.

Os pesquisadores realizaram análises genéticas nos tipos de câncer mais intimamente relacionados à obesidade: intestino, mama, rim, pâncreas, ovário, endométrio e esôfago.

A equipe, então, realizou testes para associar o Índice de Massa Corporal (IMC) e marcadores genéticos ao risco de câncer, a partir de estimativas de estudos anteriores. A análise revelou que a obesidade dobrou o risco de alguns tipos de câncer e mais que quadruplicou para outros.

Ao contrário de estimativas anteriores, que utilizavam somente o IMC para prever o risco de câncer, os marcadores genéticos da obesidade são muito mais apurados, segundo os pesquisadores.

Enquanto em análises usando o IMC o risco para câncer renal, por exemplo, era de 30%, com os marcadores, esse número subiu para 59%. O risco aumentou de 50% para 106% no câncer endometrial, de 6% para 13% no câncer de ovário e de 48% para 110% no câncer de esôfago.

Para o câncer de pâncreas, o aumento do  fator risco obesidade mudou de 10% para 47% e, para o câncer de intestino, subiu de 5% para 44%. Em países desenvolvidos, essas taxas corresponderiam à segunda maior causa de câncer, perdendo apenas para o tabagismo.

Em 2018, uma pesquisa feita pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em colaboração com a Harvard University, atribuiu 15 mil casos de câncer por ano no Brasil ao sobrepeso e à obesidade. De acordo com o trabalho, até 2025 o número de diagnósticos da doença atribuíveis à obesidade pode crescer em até 4,6%.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o excesso de peso corporal está fortemente associado ao risco de desenvolver 13 tipos de câncer: esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo e, possivelmente, associado aos de próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células B.

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