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Crianças obesas têm o dobro de risco de esclerose múltipla, diz estudo

Inflamações do organismo em crianças obesas aumentam chances de desenvolver esclerose múltipla na vida adulta, segundo pesquisa sueca

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Foto mostra criança com obesidade sobre maca enquanto médica a examina
1 de 1 Foto mostra criança com obesidade sobre maca enquanto médica a examina - Foto: Getty Images

Um estudo feito por pesquisadores suecos mostrou que a obesidade na infância está associada a mais que o dobro do risco de desenvolver esclerose múltipla no início da fase adulta.

O estudo completo será apresentado apenas no Congresso Europeu sobre Obesidade, em maio, mas foi adiantado pelos pesquisadores em comunicado à imprensa. O levantamento apontou que ter um IMC (a razão do peso sobre o dobro da altura) elevado na pré-adolescência aumenta o risco de desenvolver esclerose múltipla (EM) em 2,3 vezes.

A esclerose múltipla é uma doença que debilita os neurônios, removendo parte de seus revestimentos (bainhas de mielina), o que facilita a morte deles. A doença pode ser motivada tanto por gatilhos genéticos como por doenças virais (especialmente o vírus da mononucleose) e tabagismo.

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Em outras palavras, a condição resulta em danos permanentes com a destruição dos nervos, o que leva a problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Os sinais iniciais da doença dependem de quais nervos foram afetados
Fraqueza muscular, sensação de dormência ou formigamento em braços e pernas, cansaço extremo e lapsos de memória são comuns. Além desses, fala lentificada, pronúncia hesitante das palavras ou sílabas, visão embaçada ou dupla, tremores e dificuldade para engolir são alguns dos principais sintomas
Esses sintomas surgem ao longo da vida com a progressão da esclerose múltipla, sendo mais evidentes durante os períodos conhecidos como crise ou surtos da doença. Além disso, eles podem ser agravados quando há exposição ao calor ou febre
As causas da doença ainda são desconhecidas. No entanto, sabe-se que os sintomas estão relacionados com alterações imunológicas. Estudos apontam que ter entre 20 e 40 anos, ser mulher, ter casos da doença na família, ter baixos níveis de vitamina D e doença autoimune são alguns dos fatores associados à condição
Por ter origem desconhecida até o momento, não existe cura para a esclerose múltipla. Contudo, há tratamentos que ajudam a atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença
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Esclerose múltipla é uma doença autoimune, neurológica e crônica que gera alteração no sistema imune de quem a possui. A condição faz com que as células de defesa do corpo humano ataque o sistema nervoso central e, como consequência, provoque lesões musculares e cerebrais

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Em outras palavras, a condição resulta em danos permanentes com a destruição dos nervos, o que leva a problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Os sinais iniciais da doença dependem de quais nervos foram afetados

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Fraqueza muscular, sensação de dormência ou formigamento em braços e pernas, cansaço extremo e lapsos de memória são comuns. Além desses, fala lentificada, pronúncia hesitante das palavras ou sílabas, visão embaçada ou dupla, tremores e dificuldade para engolir são alguns dos principais sintomas

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Esses sintomas surgem ao longo da vida com a progressão da esclerose múltipla, sendo mais evidentes durante os períodos conhecidos como crise ou surtos da doença. Além disso, eles podem ser agravados quando há exposição ao calor ou febre

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As causas da doença ainda são desconhecidas. No entanto, sabe-se que os sintomas estão relacionados com alterações imunológicas. Estudos apontam que ter entre 20 e 40 anos, ser mulher, ter casos da doença na família, ter baixos níveis de vitamina D e doença autoimune são alguns dos fatores associados à condição

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Por ter origem desconhecida até o momento, não existe cura para a esclerose múltipla. Contudo, há tratamentos que ajudam a atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença

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O tratamento da esclerose múltipla é feito com medicamentos indicados pelo médico que ajudam a evitar a progressão, diminuir o tempo e a intensidade das crises, além de controlar os sintomas

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A fisioterapia também é importante para controlar os sintomas, pois permite que os músculos sejam ativados, evitando a fraqueza nas pernas e a atrofia muscular. Ela é feita por meio de exercícios de alongamento e de fortalecimento muscular

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Ao contrário do que possa imaginar, a esclerose múltipla não é uma doença tão rara assim. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), a estimativa é de que 40 mil pessoas possuem a doença apenas no Brasil. No mundo inteiro, segundo o Ministério da Saúde, esse número sobe para 2,8 milhões

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Como foi feita a pesquisa?

Os autores analisaram dados de 21 mil crianças com idade média de 11 anos, todos eles no início de tratamento contra a obesidade, e avaliaram como o seu histórico de saúde progrediu. Os pesquisadores acompanharam os pacientes entre 1995 e 2020 e compararam seus dados de saúde com os da população geral.

Durante o acompanhamento, 0,13% dos jovens pesquisados desenvolveram esclerose múltipla em comparação com apenas 0,06% da população geral. Os cientistas excluíram os dados de pacientes que tinham relações genéticas que pudessem justificar o aparecimento da doença, o que levou ao dobro de chances de ter a EM por conta do sobrepeso.

O que leva ao aumento do risco de esclerose múltipla?

Segundo os pesquisadores, a explicação para essa relação é que a obesidade pediátrica está associada a um estado inflamatório persistente de baixo grau no organismo, o que pode engatilhar a formação da esclerose múltipla.

“Existem vários estudos que mostram que a EM aumentou ao longo de várias décadas e acredita-se que a obesidade seja um dos principais impulsionadores deste aumento”, afirmaram os autores em comunicado à imprensa.

Os cientistas ainda destacaram que o estudo reforça evidências anteriores de que a obesidade no início da vida adulta aumenta o risco de uma infinidade de doenças, incluindo doenças cardíacas e diabetes.

A ingestão de alimentos gordurosos e o sobrepeso levam a inflamações de baixa intensidade no cérebro, dizem os pesquisadores

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