metropoles.com

O que se sabe sobre a variante Ômicron e casos de Covid prolongada

Especialista comenta que todas as variantes do coronavírus podem causar quadros de Covid longa e Ômicron tem maior persistência de fadigas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
GettyImages
ilustração de um coronavírus, colorida, azul em fundo branco
1 de 1 ilustração de um coronavírus, colorida, azul em fundo branco - Foto: GettyImages

A variante Ômicron foi identificada pela primeira vez em novembro de 2021, na África do Sul. A cepa, que demonstra ser mais transmissível, vem causando um aumento de casos de Covid-19 por todo o mundo. Por ser considerada recente, não há evidências consistentes sobre como a nova versão do coronavírus pode se relacionar com a Covid prolongada.

O infectologista do Hospital Santa Lúcia, Werciley Júnior, explica que todas as variantes do coronavírus podem causar Covid longa. Entretanto, a situação está vinculada à situação do paciente. “Quadros mais proeminentes, ou seja, mais intensos, da doença possuem uma tendência a desenvolver sintomas prolongados”, afirma o especialista.

Júnior comenta que os sintomas comuns causados pela Ômicron são muitos semelhantes aos gerados por outras cepas, mas a variante parece causar fadiga muscular que dura mais tempo.

15 imagens
Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
1 de 15

Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
2 de 15

Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

Getty Images
3 de 15

Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

Peter Dazeley/ Getty Images
4 de 15

Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

Uwe Krejci/ Getty Images
5 de 15

Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

Pixabay
6 de 15

O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

Getty Images
7 de 15

A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

Getty Images
8 de 15

A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
9 de 15

De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
10 de 15

Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

Getty Images
11 de 15

De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

Getty Images
12 de 15

Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

Morsa Images/ Getty Images
13 de 15

No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

Morsa Images/ Getty Images
14 de 15

Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
15 de 15

A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

JuFagundes/ Getty Images

“O que a gente tem visto é que a Ômicron é uma cepa menos agressiva, mas não podemos afirmar que ela é menos gave por si só ou porque a gente está vacinado. Atualmente, ela é responsável por 90% dos pacientes diagnosticados”, afirma.

A questão, segundo o especialista, é que as vacinas têm a tendência de proteger e diminuir as crises de Covid prolongada. Entretanto, é necessário identificar como a imunização atua em situações onde o coronavírus persiste por mais tempo.

Uma pesquisa da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, sugere que a maioria dos pacientes com casos moderados ou graves de Covid-19 tinha pelo menos um sintoma de longo prazo. O artigo foi publicado em junho de 2021, antes da variante Ômicron, e descobriu que quase três quartos das pessoas continuaram a sofrer sintomas mesmo após o fim da infecção. Eles analisaram quase 10 mil pessoas.

O sinal mais comum da doença era fadiga ou exaustão, relatado por cerca de 40% dos pacientes com a chamada Covid longa. Outros 36% disseram ter falta de ar e 29,4% relataram distúrbios do sono ou insônia. Cerca de 25% disseram apresentar dificuldades de concentração e 11% perderam o paladar.

Novas variantes

Cientistas de institutos dos Estados Unidos alertaram, em agosto de 2021, que é preciso acompanhar com maior atenção a Covid persistente em pessoas com a imunidade comprometida, pois a infecção pode gerar variantes mais transmissíveis e até mais graves do Sars-CoV-2.

“As descobertas de que pacientes imunocomprometidos com infecção persistente de Covid-19 podem gerar variantes mais transmissíveis ou patogênicas de Sars-CoV-2 implicam uma série de medidas médicas e de saúde pública”, afirmou o estudo publicado no New England Journal of Medicine.

“O vírus pode persistir por semanas ou meses em indivíduos imunocomprometidos, levando a cepas que carregam uma constelação de mutações — algumas delas se parecem com as variantes de preocupação que atualmente ameaçam nossos esforços de controle”, destacou Morgane Rolland, geneticista do Programa de Pesquisa Militar do HIV dos EUA e uma das principais autoras do artigo.

Vacinação e Covid longa

Segundo estudo publicado na revista científica, duas doses da vacina contra o coronavírus diminuem o risco de ter Covid persistente pela metade. Além disso, os sintomas mais comuns da Covid-19, como perda de olfato, tosse, febre, dor de cabeça e fadiga também são mais leves e menos comuns em quem já tomou as duas doses do imunizante.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?