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O que se sabe até aqui sobre nova variante que surgiu na África

Nova variante tem mais de 50 mutações, algumas nunca vistas pelos cientistas. Já forma detectados casos em cinco países

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Ilustração colorida de coronavírus
1 de 1 Ilustração colorida de coronavírus - Foto: Getty Images

Uma nova variante do coronavírus, denominada de B.1.1.529, preocupa o mundo. Casos da cepa registrada pela primeira em Botsuana, já foram confirmados na África do Sul, Bélgica, Israel e Hong Kong.

Autoridades internacionais estão aumentando as medidas de restrição para evitar a entrada da variante em seus territórios, pois os cientistas tem alertado que a quantidade de mutações faz da cepa a “mais significativa” até aqui.

Mutações

A nova cepa tem mais de 50 mutações, 32 delas localizadas na proteína spike, parte que o coronavírus usa para entrar nas células humanas e se reproduzir no corpo. O número de mutações é quase o dobro das identificadas na variante Delta.

De acordo com o professor de microbiologia da Universidade de Cambridge, Ravi Gupta, algumas das mutações da nova variante estão associadas à resistência a anticorpos neutralizantes, o que poderia indicar a possibilidade do vírus de escapar da ação das vacinas. “Parece certamente uma preocupação significativa”, afirmou Gupta ao jornal The Guardian.

A comunidade científica vem considerando a B.1.1.529 uma das variantes mais complexas e, para avaliar seu potencial de transmissibilidade e letalidade, bem como a resistência às vacinas, novos estudos precisarão sem feitos.

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução (e traz) mais mutações do que esperávamos”, disse o professor Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, em entrevista coletiva, na quinta-feira (26/11).

Sintomas

Especialistas do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD) da África do Sul afirmam que, até o momento, nenhum sintoma novo foi relatado pelos pacientes após a infecção pela B.1.1.529.

Assim como ocorre com outras variantes da Covid-19, algumas pessoas permaneceram assintomáticas.

Veja quais são os sintomas mais frequentes de Covid-19:

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Idosos e pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou obesidade, e os imunossuprimidos apresentam maior risco de desenvolver complicações mais sérias da Covid-19
No início da pandemia, os principais sintomas associados à doença eram febre, cansaço, tosse seca, dores no corpo, congestão nasal, coriza e diarreia
Dois anos depois da confirmação do primeiro caso, com o surgimento de novas variantes do coronavírus, a lista de sintomas sofreu alterações
Pacientes passaram a relatar também calafrios, falta de ar ou dificuldade para respirar. Fadiga, dores musculares ou corporais, dor de cabeça, perda de olfato e/ou paladar, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia também fazem parte dos sintomas
A variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, espalhou-se rapidamente pelo mundo e gerou um novo perfil da doença
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Os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

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Idosos e pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou obesidade, e os imunossuprimidos apresentam maior risco de desenvolver complicações mais sérias da Covid-19

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No início da pandemia, os principais sintomas associados à doença eram febre, cansaço, tosse seca, dores no corpo, congestão nasal, coriza e diarreia

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Dois anos depois da confirmação do primeiro caso, com o surgimento de novas variantes do coronavírus, a lista de sintomas sofreu alterações

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Pacientes passaram a relatar também calafrios, falta de ar ou dificuldade para respirar. Fadiga, dores musculares ou corporais, dor de cabeça, perda de olfato e/ou paladar, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia também fazem parte dos sintomas

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A variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, espalhou-se rapidamente pelo mundo e gerou um novo perfil da doença

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Atualmente, ela se assemelha a um resfriado, com dores de cabeça, dor de garganta, coriza e febre, segundo um estudo de rastreamento de sintomas feito por cientistas do King's College London

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A mudança no perfil dos sintomas é um desafio no controle da pandemia, uma vez que as pessoas podem associá-los a uma gripe comum e não respeitar a quarentena, aumentando a circulação viral

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Um estudo feito no Reino Unido, com 38 mil pessoas, mostrou que os sintomas da Covid-19 são diferentes entre homens e mulheres

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Enquanto eles costumam sentir mais falta de ar, fadiga, calafrios e febre, elas estão mais propensas a perder o olfato, sentir dor no peito e ter tosse persistente

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Os sintomas também mudam entre jovens e idosos. As pessoas com mais de 60 anos relatam diarreia com maior frequência, enquanto a perda de olfato é menos comum

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A maioria das pessoas infectadas que tomaram as duas doses da vacina sofre com sintomas considerados leves, como dor de cabeça, coriza, espirros e dor de garganta

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 Onde há casos?

Os primeiros casos da variante foram descobertos em Botsuana, país da África Austral, em 11 de novembro. Três dias depois, novos casos foram identificados na África do Sul.

Cientistas sul-africanos confirmaram cerca de 100 casos da variante no país, principalmente na província de Gauteng, a mais populosa do país.

Hong Kong confirmou um caso relacionado a um paciente que havia viajado à África testou positivo.

Nesta sexta-feira (26/11), o Ministério da Saúde de Israel confirmou o primeiro caso no país. O paciente havia retornado de Malauí, país localizado na África Oriental. Outras duas pessoas que chegaram do exterior estão sob observação. Todos os três pacientes estão vacinados contra a Covid-19.

Mais um caso foi confirmado na Bélgica nesta sexta-feira, o primeiro da Europa. A paciente é uma mulher que apresentou sintomas gripais 11 dias após retornar do Egito.

Nome

Especialistas internacionais especulam que a B.1.1.529 será batizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de Nu, a 13ª letra do alfabeto grego, segundo um padrão estabelecido pela agência internacional.

 

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