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O que são as “dores de crescimento” e até onde se preocupar

Elas costumam ocorrer entre os 5 e os 10 anos e não indicam problemas graves, mas é importante consultar um médico para fechar o diagnóstico

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A fase de crescimento de uma criança é o momento do desenvolvimento físico, formação corporal e evolução mental. As mudanças são perceptíveis com o aumento dos músculos, fortalecimento dos ossos, crescimento de pelos e amadurecimento facial. O problema é quando este avanço começa a afetar partes específicas do corpo, causando dores nas regiões das pernas, coxas, panturrilhas e atrás dos joelhos durante a noite, as chamadas “dores de crescimento”.

As dores podem percorrer todo o período de crescimento até os 18 anos, porém são mais frequentes entre os 5 e os 10 anos. Nos dias em que a criança pratica mais exercícios ou passa muito tempo brincando, os incômodos podem aparecer na hora de dormir ou no meio da noite, causando até perda de sono por dor intensa.

Claudia Goldenstein Schainberg, médica especialista em reumatologia e tratamento de doenças que afetam o tecido conjuntivo e o sistema musculoesquelético, explica mais sobre o assunto. “Apesar de não haver uma causa que seja comprovada cientificamente para o aparecimento das dores, há várias teorias, como a de que os ossos cresceram mais rápido do que os músculos e os tendões, causando uma espécie de sobrecarga. Outra hipótese é que as dores seriam provocadas pelo excesso de atividade física, e uma outra, ainda, é de que seriam um problema hereditário”, explica a especialista.

As queixas recorrentes exigem uma visita ao médico para uma investigação mais detalhada. Além das “dores de crescimento”, sintomas semelhantes podem estar relacionados a infecções, inflamações ou doenças autoimunes. O reumatologista saberá encaminhar o paciente para outras áreas caso seja necessário. “Normalmente, os sintomas são dores nas articulações, cansaço e até dificuldade para se movimentar”, esclarece a médica.

Não há jeito de prevenir as dores de crescimento. Para amenizar o problema, a especialista sugere que os pais sejam afetivos, permanecendo ao lado dos filhos e dando atenção às reclamações. “Massagens, bolsa de água quente, alongamentos, hidratação e analgésicos podem amenizar o desconforto”, sugere Claudia.

“As dores de crescimento não estão relacionadas a doenças mais graves, elas fazem parte do processo natural de desenvolvimento. É comum que, no dia seguinte, a criança tenha disposição para brincar, correr e andar normalmente.” A médica alerta, entretanto, que os pais devem levar a criança a um pediatra e a um reumatologista para descartar a possibilidade de que as reclamações estejam relacionadas a condições de saúde mais graves.

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