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O que posso fazer em segurança após tomar as duas doses da vacina?

Infectologistas afirmam que, enquanto maior parte da população não estiver protegida, é necessário manter medidas preventivas

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Vacinação contra Covid-19 no Rio de Janeiro
1 de 1 Vacinação contra Covid-19 no Rio de Janeiro - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Com a vacinação avançando no Brasil, o governo federal afirma que 4.715.216 pessoas tomaram a segunda dose de imunizantes contra a Covid-19 até a última segunda-feira (5/4). Cerca de 14 dias após o reforço, a plenitude da proteção promovida pela vacina é alcançada. Porém, os infectologistas afirmam que, mesmo assim, não é hora de baixar a guarda – é preciso continuar seguindo os protocolos de segurança à risca.

“É importante frisar que a vacina dá mais uma camada de proteção, mas os cuidados devem ser os mesmos, sobretudo no que diz respeito ao uso de máscaras de boa qualidade, distanciamento e contato com familiares. Não é um certificado de liberdade. Depois dos 14 dias da segunda dose, o paciente pode ficar mais confortável para receber alguém em casa, mas é preciso que todos estejam de máscara e mantendo o espaço”, explica David Urbaez, diretor científico da Sociedade de Infectologia do DF.

Urbaez lembra que o imunizante foi desenhado para diminuir casos leves e graves, mas nenhum imunizante tem 100% de eficácia, e não se sabe ainda se a Coronavac ou a vacina de Oxford/AstraZeneca são capazes de bloquear a transmissão do vírus. Um bom exemplo são os profissionais de saúde que, mesmo já com o reforço imunológico, seguem com todos os protocolos durante o atendimento a pacientes com Covid-19.

Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que também é preciso considerar as novas variantes, e que não há garantia de que os imunizantes funcionam contra as mutações do coronavírus. Ao encontrar outras pessoas, também é necessário lembrar que há risco de passar o vírus para filhos e netos. “Enquanto não reduzirmos a circulação do vírus, não podemos desmanchar a guarda em relação a medidas não farmacológicas”, frisa.

“Do jeito que está, não é o momento de pensar em relaxar medidas. O que precisamos agora é vacinar, manter os cuidados, e vigiar a situação epidemiológica, a taxa de transmissão”, ensina a infectologista.

Segundo Urbaez e Flávia, só teremos carta de alforria quando o Brasil atingir a famosa imunidade de rebanho, com entre 60% e 80% da população vacinada. Até lá, todos devem continuar seguindo as medidas de segurança, como uso de máscara, distanciamento social, higiene frequente das mãos e ambientes ventilados.

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