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O que falta para o Brasil começar a usar antivirais contra a Covid?

País aguarda acesso ao baricitinibe e Paxlovid, indicados para casos graves e leves, respectivamente, que já foram aprovados pela Anvisa

atualizado

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1 de 1 pilulas remedios - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

A oferta de vacinas contra a Covid-19 foi essencial para reduzir o número de casos graves e mortes pela doença no Brasil. No entanto, o surgimento de novas variantes capazes de driblar parte da imunidade conferida pelos imunizantes, mostrou também a necessidade de tratamentos direcionados a combater a infecção do coronavírus.

Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha aprovado alguns medicamentos para lidar com a doença, eles ainda não estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para uso — dois deles estão atualmente em fase de incorporação pelo Ministério da Saúde: o baricitinibe, da Lilly, e o Paxlovid, da Pfizer.

A incorporação dos remédios foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), do Ministério da Saúde, em 1º de abril e 6 de maio de 2022, respectivamente.

Em nota, o Ministério da Saúde explica que os medicamentos estão em processo de compra e que o prazo para que os remédios sejam ofertados no SUS é de até 180 dias. Como o barictinibe já foi aprovado para tratar outras doenças, os estados que o tiverem em estoque podem utilizá-lo contra a Covid-19.

Os outros medicamentos aprovados pela Anvisa, como o rendesivir, molnupiravir e sotrovimabe, por exemplo, estão disponíveis apenas na rede privada.

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A decisão, implementada pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios, contempla todas as pessoas acima de 18 anos, independentemente de grupo etário ou profissão
Alguns estados, no entanto, reduziram ainda mais o intervalo de uma dose da vacina contra a Covid-19 para outra, como é o caso de São Paulo
Quem tomou a vacina da Janssen, inicialmente de dose única, deverá tomar a segunda dose com dois meses de intervalo. Cinco meses depois, o indivíduo poderá tomar o reforço
Mulheres que tomaram a Janssen e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas deverão utilizar como dose de reforço o imunizante da Pfizer
A decisão de ampliar a oferta da dose de reforço foi tomada com base em estudos da Fundação Oswaldo Cruz  (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford
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O Ministério da Saúde anunciou a redução do intervalo de tempo para aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19. O reforço agora pode ser tomado quatro meses após a segunda dose

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A decisão, implementada pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios, contempla todas as pessoas acima de 18 anos, independentemente de grupo etário ou profissão

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Alguns estados, no entanto, reduziram ainda mais o intervalo de uma dose da vacina contra a Covid-19 para outra, como é o caso de São Paulo

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Quem tomou a vacina da Janssen, inicialmente de dose única, deverá tomar a segunda dose com dois meses de intervalo. Cinco meses depois, o indivíduo poderá tomar o reforço

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Mulheres que tomaram a Janssen e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas deverão utilizar como dose de reforço o imunizante da Pfizer

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A decisão de ampliar a oferta da dose de reforço foi tomada com base em estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford

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As pesquisas informaram a necessidade de uma dose de reforço após as primeiras vacinações contra a Covid-19, incluindo para quem tomou a Janssen

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Devido à variante Ômicron, órgãos de Saúde de diversos países alertam sobre importância da aplicação de doses de reforço para conter a propagação do vírus e o surgimento de novas cepas

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Agora, o Ministério da Saúde planeja concluir, até maio de 2022, a aplicação da dose de reforço para o público-alvo em todo o país

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Na avaliação do vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Claudio Maierovitch, o governo deveria agir mais rápido a partir da decisão da Conitec para disponibilizar os remédios, especialmente em um momento em que os casos de Covid-19 voltaram a crescer no país.

“Essa incorporação tinha que ser rápida. O ministério já deveria ter conversado com as empresas para possibilitar o uso emergencial dos medicamentos”, afirma Maierovitch.

Casos leves

O Paxlovid (nirmatrelvir e ritonavir) é indicado para pacientes idosos ou adultos imunocomprometidos com quadro leve a moderado, não hospitalizados, mas que corram um risco alto de complicações da doença.

O tratamento exige um teste positivo para a Covid-19 (não bastam apenas os sintomas da infecção), e deve começar até cinco dias após início dos sinais para evitar a progressão da doença.

Casos graves

O baricitinibe é recomendado para pacientes adultos hospitalizados com Covid-19 em estado grave ou crítico que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal.

O medicamento já é usado no Brasil para o tratamento de artrite reumatoide e dermatite atópica. Estudos feitos durante a pandemia mostram que ele também contribuiu com a redução significativa de mortes por Covid-19.

O baractinibe faz parte de uma classe de medicamentos que atua sobre o sistema imune auxiliando no processo de recuperação de quadros inflamatórios.

Medicamentos não substituem vacinas

Mesmo após a inclusão dos medicamentos no SUS, as vacinas continuam sendo fundamentais para evitar o agravamento da infecção.

“A vacinação é a principal medida para impedir os casos graves, óbitos e internações. É um mecanismo que diminui a ocorrência da doença. Melhor do que qualquer medicamento, é que as pessoas não adoeçam. Já se sabe que boa parte dos casos que evoluem mal são de pessoas não vacinadas”, afirma o vice-presidente da Abrasco.

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